Este artigo tem como objetivo lançar mais uma reflexão no contexto acadêmico brasileiro, especificamente no campo das Ciências Sociais, sobre assuntos tão polêmicos e ao mesmo tempo desafiadores como gênero, igualdade, diferença e construção do indivÃduo. O esforço na elaboração desse conjunto de ideias parte da intenção em analisar a construção teórico-metodológica da historiadora norte-americana Joan Scott, forma especÃfica em sua obra A cidadã paradoxal. Na análise de explicitação do marco teórico conceitual desse estudo, observamos formulações, divergências e contradições. Noções que definem não somente as interpretações da autora na perspectiva do estado da arte, bem como compreensões que refletem situações graves e seculares que repercutem na vida das mulheres. Dentre eles, o acesso diferenciado aos bens materiais e espirituais da sociedade que, para a autora, é fator basilar da desigualdade. No fundo, todas essas tentativas de construção de uma epistemologia feminista postulam uma teoria social de caráter multicultural e emancipatória, daà a sua importância enquanto estudo.
This article aims to launch one more reflection in the academic context of Brazil, specifically in the field of social sciences, on controversial and challenging subjects as gender, equality, difference and construction of the individual. The effort in developing this set of ideas comes from the intention to analyze the theoretical-methodological works of the American historian Joan Scott, specifically his work, Only Paradoxes to Offer: French Feminists and the Rights of Man. In the analysis of explanation of the theoretical and conceptual framework of these studies, we observed formulations, differences and contradictions. Notions that define not only the interpretations of the author in view of the state of the art, as well as understandings that reflect serious and secular situations that impact on women’s lives. Among them differential access to material goods and spiritual society, to the author, the overarching factor of inequality. Deep down all these attempts to construct a feminist epistemology postulate a social theory multicultural and emancipatory character, hence its importance as a study.