O texto deseja celebrar o nascimento de Gabriel Marcel, falando da comparação que ele esboça nos seus textos com o tema da morte. Tal comparação testemunha o caráter sempre vivo e renascente do pensamento de Marcel: não porque exclua a morte como seu oposto, mas porque reconhece o seu indissolúvel entrelaçamento. O binômio de vida-morte, como aqueles entre ser-ter e mistério-problema, oferece uma dinâmica de recíproca implicação, de mútua dependência, entre termos diferentes, mas necessários uns aos outros. Marcel descreve a experiencia de sua secreta troca e de sua transmutação contínua, que contesta a oposição de Mesmo-Outro, apropriando-se do intercâmbio entre Próprio-Estranho. A morte é como a realidade misteriosa do amor e do nascimento: se encontram no coração da experiencia e produzem uma íntima transformação da existência e a continua germinação do pensamento. Nessas experiencias Marcel vive o entrelaçamento do tempo com a eternidade, na qual toma forma seu neo-orfismo de inspiração rilkiana, centrado no espírito de metamorfose.
The writing wants to celebrate the birth of Gabriel Marcel, talking about the comparison he makes in his writings with the theme of death. This comparison shows the ever-alive and resurgent character of Marcel’s thought: not because it excludes the death as the opposite of the thought itself, but because it recognizes their indissoluble interweaving. The binomial of life-death, like the ones between being-having and between mystery-problem, presents a dynamic of mutual implication, of reciprocal dependence, among terms which are different, but necessary to each other. Marcel describes the experience of their secret exchange and continuous transmutation, which calls into question the opposition of the Same-Other, making the exchange between the Self-Stranger its own. Death is like the mysterious reality of love or birth: they lie in the heart of experience and produce a deep transformation of existence and the continuous germination of thought. In these experiences Marcel lives the intertwining of time with eternity, in which takes shape his new Orphism, inspired by Rilke's poetics: the focus is the spirit of metamorphosis.
Lo scritto vuole celebrare la nascita di Gabriel Marcel, parlando del confronto che egli imbastisce nei suoi scritti con il tema della morte. Tale confronto testimonia il carattere sempre vivo e rinascente del pensiero di Marcel: non perché escluda la morte come suo opposto, ma perché riconosce il loro indissolubile intreccio. Il binomio di vita-morte, come quelli tra essere-avere e tra mistero-problema, prospetta una dinamica di reciproca implicazione, di mutua dipendenza, fra termini differenti, ma necessari l’uno all’altro. Marcel descrive l’esperienza del loro segreto scambio e di trasmutazione continua, che contesta l’opposizione di Medesimo-Altro, facendo proprio l’interscambio tra Proprio-Estraneo. La morte è come la realtà misteriosa dell’amore o della nascita: si trovano nel cuore dell’esperienza e producono un’intima trasformazione dell’esistenza e la continua germinazione del pensiero. In queste esperienze Marcel vive l’intreccio del tempo con l’eternità, in cui prende forma il suo neo-orfismo di ispirazione rilkiana (che si ispira alla poetica di Rilke; o di influenza rilkiana: of Rilke’s influence), incentrato sullo spirito di metamorfosi.