O imaginário tem servido à humanidade como uma grande fonte de especulações para o futuro. Ao longo dos séculos, invenções tidas como impossíveis se tornaram realidade e deixaram os papéis para assumir seus espaços físicos na vida cotidiana das pessoas. Seja nos desenhos de Da Vinci, na literatura de Júlio Verne ou nos filmes de Méliès, a mídia de ficção científica tem servido como catalisadora para transformações reais da tecnologia e da sociedade, além de nos auxiliar a pensar o próprio presente com base nas nossas projeções do que está por vir. Este texto se debruça sobre o imaginário e algumas expressões midiáticas, em especial o cinema, para apontar uma perspectiva de interpretação de narrativas futurísticas que vai além de seu efêmero momento lúdico de fruição. O ato aparentemente simples de imaginar e simular o futuro através das mídias, dessa forma, pode se revelar um forte exercício de ensaio da mente humana para aquilo que ela eventualmente alcançará.
The imaginary has served mankind as a great source of speculation for the future. Over the centuries, inventions considered impossible achievements have become reality and have left the papers to assume their physical spaces in people's daily lives. Whether it's represented by Da Vinci projects, Jules Verne's literature or even the Méliès films, the science-fiction media has been a catalyst for real transformations in technology and society, besides it has helped us think about the present itself based on our projections of what is to come. This text focuses on the imaginary and some media expressions, especially the cinema, to point out a perspective of interpretation of futuristic narratives that goes beyond its ephemeral playful moment of fruition. The seemingly simple act of imagining and simulating the future through the media, in this way, may prove to be a strong exercise of human mental rehearsal for what it will eventually acquire.
