A separação entre a literatura ficcional e a literatura confessional é muito sutil em Agustina Bessa-LuÃs. Atenta Ã
abundância de traços autobiográficos presentes nos textos ficcionais da escritora e à relevância dada à escrita
como elemento fundamental para a constituição do sujeito de memória, pareceu-me interessante estudar os
romances Dentes de rato (2006) e Vento, areia e amoras bravas (1990), considerando os pontos que promovem a
leitura destas obras como ficção, sem, contudo, desprezar os resÃduos autobiográficos que a pontuam. Baliza
minhas reflexões o pensamento do teórico francês Philippe Lejeune.