IMAGEM E PESCADORES COSTEIROS. A VISUALIDADE COMO ELEMENTO ARTICULADOR DO RECONHECIMENTO DE SI E DE AFETOS EM CONTEXTO DE PESQUISA DE CAMPO NUMA SOCIEDADE COSTEIRA – O CASO DE BAÍA FORMOSA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

Vivência: Revista de Antropologia

Endereço:
Campus Universitário, CCHLA - Departamento de Antropologia - Lagoa Nova
Natal / RN
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Site: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/index
Telefone: (84) 3342-2240
ISSN: 2238-6009
Editor Chefe: Julie Antoinette Cavignac
Início Publicação: 07/05/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

IMAGEM E PESCADORES COSTEIROS. A VISUALIDADE COMO ELEMENTO ARTICULADOR DO RECONHECIMENTO DE SI E DE AFETOS EM CONTEXTO DE PESQUISA DE CAMPO NUMA SOCIEDADE COSTEIRA – O CASO DE BAÍA FORMOSA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 47
Autores: R. E. Silva
Autor Correspondente: R. E. Silva | [email protected]

Palavras-chave: Imagem fotográfica, Reconhecimento, Antropologia visual

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como interesse discutir a imagem como elemento cambiador de afetos e reconhecimento de si entre pesquisador e interlocutores ocorridos durante a pesquisa de doutoramento em Sociologia. Esta pesquisa de campo deu-se no município de Baía Formosa localizado no Rio Grande do Norte, importante produtor de pescado do Estado. Durante o fieldwork foi realizada uma exposição fotográfica na Colônia de Pescadores local, onde os comunitários puderam observar, contemplar e interpretar as imagens que retratavam o cotidiano da comunidade. Sentimentos socialmente construídos como alegria, orgulho, surpresa e gratidão puderam ser observados entre os visitantes da exposição, o que ocasionou eventos singulares para análise antropológica no campo da imagem, a saber, a apropriação dos múltiplos sentidos em jogo pelos visitantes e analisados pela démarche do reconhecimento de si, do outro e a dimensão cultural da memória social. Pode-se afi rmar que as imagens oferecem que as imagens ofereceram subsídios para estabelecer vínculos de reconhecimento entre pesquisador e os comunitários. As imagens produzidas em campo retratavam o cotidiano do mundo da pesca, a descrição da cultura costeira, como objetos de trabalho, embarcações, festividade religiosa e relações familiares e de vicinalidade. Entende-se, a partir do estudo do caso aqui mencionado, que as imagens produzidas em campo foram elementos interessantes na construção de reconhecimentos entre pesquisador e nativos, no sentido de elaborar afetividades – emoções – entre os agentes envolvidos.