Impacto da Pré-Dilatação do Ramo Lateral no Procedimento de Intervenção Coronária Percutânea em Lesões de Bifurcação Coronária Complexas

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

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Telefone: (11) 3849-5034
ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Impacto da Pré-Dilatação do Ramo Lateral no Procedimento de Intervenção Coronária Percutânea em Lesões de Bifurcação Coronária Complexas

Ano: 2012 | Volume: 20 | Número: 2
Autores: Ricardo A. Costa, Fausto Feres, Rodolfo Staico, J. Ribamar Costa Jr., Dimytri Siqueira, Luiz F. Tanajura, Alexandre Abizaid, Amanda G. M. R. Sousa, J. Eduardo Sousa, Antonio Colombo
Autor Correspondente: Ricardo A. Costa | [email protected]

Palavras-chave: Doença da artéria coronariana, Estenose coronária, Angiografia coronária, Angioplastia, Stents, Stents farmacológicos.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O tratamento de lesões de bifurcação com implante
de stent único no vaso principal e stent provisional no ramo
lateral pode ser limitado pelo grau de complexidade
anatômica/
morfológica da lesão. A pré-dilatação do ramo lateral, um
passo do procedimento geralmente evitado, pode ser necessária
para manter a patência do ramo lateral. Investigamos
o impacto
da pré-dilatação do ramo lateral nos resultados imediatos de
intervenção coronária percutânea em lesões de bifurcação
coronária complexas. Métodos: Entre maio de 2008 e agosto
de 2009, 59 pacientes com lesão de bifurcação coronária única
e comprometimento significativo de vaso principal e ramo
lateral foram incluídos no estudo. Os principais critérios de
exclusão foram: envolvimento do tronco de coronária esquerda,
infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST
(< 72 horas) e reestenose intrastent. Resultados: A média de
idade foi de 61,2 ± 11 anos, 25,4% eram do sexo feminino
e 30,1% tinham diabetes. As lesões mais frequentemente se
localizaram em artéria descendente anterior/ramo diagonal
(86,4%). Durante o procedimento, 8,5% (5/59) das lesões
tiveram pré-dilatação do ramo lateral sem sucesso, e 4 dessas
bifurcações foram tratadas com 2 stents. No modelo multivariado,
a estenose do ramo lateral no pré-procedimento foi o
único preditor significativo de pré-dilatação sem sucesso do
ramo lateral (odds ratio 1,15, intervalo de confiança de 95%
1,01-1,30; P = 0,04), e estenose > 87,6% no ramo lateral foi
identificada na curva ROC como valor de corte com maior
acurácia para predizer o insucesso. Conclusões: A pré-dilatação
do ramo lateral esteve associada a falência imediata do ramotielateral
em < 10% dos casos e o único preditor significativo
na análise multivariada foi a gravidade da estenose (> 85%)
no ramo lateral no pré-procedimento.



Resumo Inglês:

The treatment of coronary bifurcation lesions
with single stenting in the main vessel and provisional side
branch
stenting may be limited by the degree of anatomical/
morphological
complexity. Side branch predilation, a procedural
step usually avoided, may be required to maintain side
branch patency. We investigated the impact of side branch
predilation
on the immediate results of percutaneous coronary
intervention in complex coronary bifurcation lesions. Methods:
Between May 2008 and August 2009, 59 patients with single
coronary bifurcation lesions with significant involvement of the
main and side branches were included in the study. The main
exclusion criteria were: involvement of the left main coronary
artery, ST-elevation acute myocardial infarction (< 72 hours)
and in-stent restenosis. Results: Mean age was 61.2 ± 11
years, 25.4% were female and 30.1% had diabetes mellitus.
Lesions were most prevalent in the left anterior descending
artery/diagonal branch (86.4%). During procedure, 8.5%
(5/59) of lesions had unsuccessful side branch predilation,
and 4 of these bifurcations were treated with 2 stents. In the
multivariate model, side branch stenosis at baseline was the
only significant predictor of unsuccessful side branch predilation
(odds ratio 1.15, 95% confidence interval 1.01-1.30;
P = 0.04), and side branch stenosis > 87.6% was identified
as the most accurate cut-off value to predict failure in theROC curve. Conclusions: Side branch predilation was associated
with immediate side branch failure in < 10% of cases,
and the only significant predictor in the multivariate model
was the severity of side branch stenosis (> 85%) at baseline.