Impacto do Escore SYNTAX na Estratificação de Risco após Intervenção Coronária Percutânea em Pacientes Não-Selecionados

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

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ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Impacto do Escore SYNTAX na Estratificação de Risco após Intervenção Coronária Percutânea em Pacientes Não-Selecionados

Ano: 2012 | Volume: 20 | Número: 1
Autores: Roberto Ramos Barbosa, J. Ribamar Costa Jr., Fausto Feres, Alexandre Abizaid, Ricardo A. Costa, Dimytri Siqueira, Rodolfo Staico, Vinicius Esteves, Said Assaf Neto, Sergio Braga, Luiz Alberto Mattos, Galo Maldonado, Luiz Fernando Tanajura, Marinella Centemero, Áurea Jacob Chaves, Amanda G. M. R. Sousa, J. Eduardo Sousa
Autor Correspondente: Roberto Ramos Barbosa | [email protected]

Palavras-chave: Doença das coronárias, Angioplastia. Stents, Stents farmacológicos, Prognóstico.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O escore SYNTAX foi desenvolvido como ferramenta
para graduar a complexidade angiográfica da doença
arterial coronária em pacientes com acometimento de três vasos
e/ou com lesão de tronco. Avaliamos seu papel em predizer
desfechos clínicos após intervenção coronária percutânea (ICP)
em pacientes não-selecionados, tratados na prática diária de
um hospital de referência. Métodos: Análise de pacientes
submetidos a ICP entre março e setembro de 2009 e acompanhados
por até 12 meses. Os pacientes foram divididos em
tercis de acordo com o escore SYNTAX. O desfecho primário
foi composto de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) –
óbito, infarto agudo do miocárdio não-fatal e revascularização
do vaso-alvo. O desempenho do escore SYNTAX em predizer
ECAM foi avaliado pela curva ROC (Receiver Operator Characteristic).
Resultados: Foram incluídos 234 pacientes com
escore SYNTAX médio de 11,6 ± 6,2 pontos. O tercil I apresentou
escore SYNTAX < 9 (média de 5,9); o tercil II, > 9 e
< 13 (média de 10,8); e o tercil III, > 13 (média de 18,3).
No seguimento clínico de 7,2 ± 4,9 meses, a incidência de
ECAM foi maior no tercil III em comparação com os tercis
I e II (2,5% vs. 6,4% vs. 14,1%; P = 0,0075). A curva ROC
mostrou área sob a curva de 0,667 (P = 0,012), indicando
moderada capacidade de prever a ocorrência de ECAM nessa
população. Conclusões: O escore SYNTAX mostrou ser útil em
prever a ocorrência de ECAM em pacientes pós-ICP tratados
na prática clínica diária.



Resumo Inglês:

The SYNTAX score was developed as an angiographic
tool to grade the complexity of coronary artery disease in
patients with three-vessel and/or left main disease. We evaluated
its role in predicting clinical outcomes after percutaneous coronary
intervention (PCI) in non-selected patients, treated in the
daily clinical practice of a reference center. Methods:
Analysis
of patients undergoing PCI from March to September 2009 and
followed-up for up to 12 months. Patients
were divided in tertiles
according to the SYNTAX score. The primary endpoint included
major adverse cardiac events (MACE) – death, non-fatal acute
myocardial infarction and target-vessel revascularization. The
ability of the SYNTAX score in predicting MACE was assessed by
the ROC (Receiver Operator Characteristic) curve. Results: Two
hundred and thirty-four patients with a mean SYNTAX score of
11.6 ± 6.2 points were included. Tertile I had a SYNTAX score
< 9 (average 5.9); tertile II, > 9 and < 13 (average 10.8); and
tertile III, > 13 (average 18.3). In the clinical follow-up of 7.2
± 4.9 months, the incidence of MACE was greater in tertile III
when compared to tertiles I and II (2.5% vs. 6.4% vs. 14.1%;
P = 0.0075). The ROC curve showed an area under the curve
of 0.667 (P = 0.012) indicating a moderate ability to anticipate
the occurrence of MACE in this population. Conclusions: The
SYNTAX score proved to be useful in predicting the occurrence
of MACE after PCI in real world patients.