Impacto do isolamento social durante a pandemia de COVID-19 na saúde mental da população: uma revisão integrativa da literatura
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Impacto do isolamento social durante a pandemia de COVID-19 na saúde mental da população: uma revisão integrativa da literatura
Autor Correspondente: Carlos Felipe Batalha do Val | [email protected]
Palavras-chave: COVID 19; Isolamento social; Quarentena; Saúde Mental; Saúde Psicológica.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Estudos têm relatado que as medidas restritivas, como isolamento social e quarentena, durante a pandemia da COVID-19 configuram grande risco para a saúde mental das pessoas. Este estudo objetivou verificar qual é o impacto das medidas restritivas, de isolamento social e quarentena, na saúde mental dos indivíduos durante a pandemia de COVID-19. Foi realizada uma revisão integrativa de estudos publicados entre janeiro e dezembro de 2020, nos idiomas português e inglês, indexados nas bases de dados PubMed, Lilacs, Medline e SciELO, utilizando os descritores COVID 19, Isolamento social, Quarentena, Saúde Mental e Saúde Psicológica. Embora as medidas restritivas de saúde pública, como isolamento social e quarentena e/ou lockdown sejam condutas essenciais para limitar a propagação viral da COVID-19, representam séria ameaça à saúde mental da população. Verifica-se que mulheres e adultos jovens são mais vulneráveis a essas medidas, apresentando níveis mais elevados de estresse, angústia, ansiedade e sintomas depressivos. Fatores socioeconômicos e nível educacional também têm significativa influência na saúde psicológica e mental das pessoas durante essas medidas: quanto menor a renda e o nível de escolaridade, maior é a incidência de sofrimento psicológico. Observa-se, ainda, a influência da mídia e das redes sociais no aumento da ansiedade, quando usadas durante mais tempo que o habitual. Existe a necessidade de iniciativas de saúde pública direcionadas para as implicações psicológicas decorrentes da pandemia da COVID-19 e consequentes medidas restritivas. Essas iniciativas devem ser pautadas levando-se em conta uma abordagem integral que considere as dimensões física, mental e social da população.
Resumo Inglês:
Studies have reported that restrictive measures, such as social isolation and quarantine, during the COVID-19 pandemic have been configured as a great risk to people’s mental health. This study aims to see what the impact of restrictive measures, social isolation and quarantine, have on individuals’ mental health during the COVID-19 pandemic. An integrative review of studies published between January and December 2020, in Portuguese and English, indexed in the databases PubMed, Lilacs, Medline and SciELO, using the descriptors COVID 19, Social isolation, Quarantine, Mental Health and Psychological Health. While restrictive public health measures such as social isolation, quarantine and/or lockdown are essential to limit the viral spread of COVID-19, they pose a serious threat to the mental health of the population. Women and young adults are found to be more vulnerable to these measures, exhibiting higher levels of stress, distress, anxiety, and depressive symptoms. Socioeconomic factors and educational level also have influence significant on the psychological and mental health of people during these measures, the lower the income and education level, the higher the incidence of psychological distress. The influence of media and social networks in increasing anxiety is also observed, when used longer than usual. There is a need for public health initiatives directed at the psychological implications arising from the pandemic of COVID-19 and consequent restrictive measures. These initiatives should be guided by an integral approach that considers the physical, mental, and social dimensions of the population.
