Impactos da pandemia Covid-19 no conhecimento em ressuscitação cardiopulmonar pré-hospitalar por estudantes de medicina

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ISSN: 21787719
Editor Chefe: Angelo Ferreira Monteiro
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Impactos da pandemia Covid-19 no conhecimento em ressuscitação cardiopulmonar pré-hospitalar por estudantes de medicina

Ano: 2024 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: Ivana Picone Borges de Aragão Sara Cristine Marques dos Santos Ivan Lucas Picone Borges dos Anjos João Carlos de Souza Cortes Junior Alexandre Augusttus Brito de Aragão Antonio Rodrigues Braga Neto
Autor Correspondente: Ivana Picone Borges de Aragão | [email protected]

Palavras-chave: Reanimação Cardiopulmonar. Parada Cardíaca. Emergências. Estudantes de Medicina. Conhecimento. Cardioversão Elétrica. Desfibriladores externo automático

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A parada cardiorrespiratória (PCR) consiste na interrupção abrupta da contração cardíaca e ejeção do fluxo sanguíneo aos órgãos do corpo, incluindo o próprio coração seguido de óbito. As causas podem ser pela disfunção mecânica ou elétrica do coração. A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) começou a ser discutida e ganhar visibilidade no século 18, através da toracotomia, evoluindo, no século 19, para as técnicas de compressões torácicas e abertura de vias aéreas combinadas, momento em que a American Heart Association (AHA) introduziu o primeiro guia de atendimento e suporte cardiopulmonar, dando início aos treinamentos direcionados a população. O objetivo foi avaliar e comparar o conhecimento do estudante de medicina sobre identificação da PCR e técnica da RCP no atendimento pré-hospitalar segundo o período pandêmico de COVID-19. Estudo observacional e transversal, quantitativo e qualitativo em alunos do primeiro período de medicina, através de questionário anônimo com 21 perguntas sobre conhecimento teórico em RCP. Foram divididos entre o período pré-pandemia (Pré-P) COVID-19 (entre 2018 e 2019); per-pandêmico (Per-P) (2020 e 2021); pós-pandemia (Pós-P) (2022) para comparação do conhecimento. Total de 536 questionários avaliados. Houve 296 (55,2%) alunos no grupo Pré-P, 171 (31,9%) no Per-P e 69 (12,9%) no Pós-P. O grupo Pós-P demonstrou maior conhecimento em relação ao primeiro, segundo e terceiro elos na cadeia de sobrevivência, em relação à região e a profundidade das compressões torácicas, sobre o que é um desfibrilador externo automático (DEA) e sobre identificar uma vítima de PCR. Porém, o grupo Pré-P informou saber manusear um DEA e aptidão em realizar uma RCP. O serviço de socorro ser acionado e o telefone de contato; a superfície onde a vítima deve estar apoiada; o posicionamento das mãos do socorrista no tórax da vítima e do socorrista foram semelhantes, contando com a maioria, entre os grupos. A minoria dos grupos conhecia a diferença entre os ritmos chocáveis e não chocáveis e sua importância em relação ao uso do DEA de forma semelhante. O grupo Pós-P demonstrou maior conhecimento sobre as técnicas de RCP, sobre o DEA e reconhecimento as PCR. Porém, o grupo Pré-P demonstrou ser mais capaz em proceder uma RCP e manusear o DEA, apesar do menor conhecimento nas respostas sobre as técnicas.