Os Sistemas de Transposição para Peixes (STPs), que visam a facilitar o fenômeno da piracema, em algumas situações não tem apresentado os resultados esperados. Existe a necessidade de conjugar os aspectos técnicos como a altura do desnÃvel e vazão do corpo d’água com os aspectos biológicos, pois os tamanhos das espécies definirão o tipo e as dimensões do sistema a ser adotado, bem como as caracterÃsticas de locomoção e força serão responsáveis pelo grau de inclinação dos mesmos para vencer a barreira fÃsica da altura. Um terceiro fator será a escolha do modelo de transposição que, dependendo da espécie integrante da ictiofauna e do desnÃvel a ser transposto, exigirá a adoção de elevador ou uma alternativa construtiva que não as escadas comuns, nos casos de grandes hidrelétricas. Sabe-se que as escadas para transposição de peixes instaladas em vários reservatórios do Brasil mostraram-se iniciativas, em geral, equivocadas. Neste contexto, foram catalogados os principais modelos de sistemas de transposição para peixes e, posteriormente, através de contato com as usinas do tipo Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) existentes no RS, analisados os modelos adotados sob os aspectos técnicos e trazendo à luz algumas experiências que possibilitam enumerar as melhores soluções em consonância com as espécies envolvidas e que permitam avaliar o cumprimento das exigências legais quanto à preservação do meio ambiente. As escadas para peixes foram adotadas em 80% das usinas que utilizaram algum tipo de STP, sendo que num único caso a ictiofauna criou seu próprio caminho através do vertedouro. Por fim, a adoção de um sistema hÃbrido mostrou-se a melhor solução, onde a escada para peixes foi tratada como um caminho naturalizado através da colocação de pedras no leito do canal.
The transposition systems for fish (TSF), which are intended to facilitate the phenomenon of spawning, in some cases has not shown the expected results. It is necessary to combine the technical aspects such as the height of the slope and flow of the water with the biological aspects, since the size of the species defines the type and dimensions of the system to be adopted, and the characteristics of movement and strength will be responsible for the same degree of inclination to overcome the physical barrier of height. A third factor is the choice of the model for transposition, depending on the species of the ichthyofauna and integral gap to be crossed, will require the adoption of an elevator or a constructive alternative, that is not the common stairs, in cases of large hydroelectrics plants. It is known that the fish ladders built in various dams in Brazil proved to be broadly flawed initiatives. In this context, the main models of transposition systems for fish have been cataloged, and later through contact with the plants of the kind Small Hydroelectrics Plants (SHP) existing in RS, the models adopted in the technical aspects have been analyzed and bringing to light some experiences that enable to list the best solutions in line with the species involved and to assess compliance with legal requirements as to preserve the environment. The fish ladders have been adopted in 80% of the plants that used some type of TSF, and only in one case the ichthyofauna created his own path through the spillway. Finally, the adoption of a hybrid system proved to be the best solution, where the fish ladder was treated as a naturalized way through the placement of stones in the bed of the channel.