As feiras livres são espaços públicos onde ocorrem, além das trocas comerciais, uma vasta gama de interações sociais, em que a comunicação e a habilidade da oratória se apresentam como elementos centrais. Este artigo tem como foco o trabalho dos vendedores de feiras, e seu objetivo é explorar a importância da comunicação, assim como o uso dos principais elementos que compõe a oratória, no cotidiano desses trabalhadores. A partir de uma revisão da literatura disponível e do exame de elementos pertinentes ao tema, o artigo analisa como a forma de se comunicar pode impactar as vendas, a satisfação do cliente e a imagem pública, tanto a do profissional como a do próprio mercado. No contexto estudado, a capacidade de transmitir mensagens e criar engajamentos de maneira clara, bem-humorada, persuasiva e confiante é entendida como essencial, não somente para conquistar e manter clientes, mas para negociar preços justos, cativar a clientela, e difundir informações sobre produtos de forma convincente. Assim, as expressões verbais e não-verbais no trabalho dos vendedores de feiras livres representam mais que uma simples transmissão de informações; tais expressões se fazem necessárias para criar experiências positivas e construir relacionamentos duradouros. O domínio da comunicação e da oratória, além de um benefício para os próprios vendedores, contribui para a dinâmica e o sucesso geral da feira livre enquanto espaço de negociação, mas também como entreposto de trocas culturais e de aprendizado mútuo.