Nos últimos tempos, medidas e ações foram empreendidas reformulando as orientações que regulam as políticas de formação docente no Brasil. Uma dessas orientações refere-se às Diretrizes Curriculares Nacionais (anos 2000) que, a partir da reestruturação curricular das licenciaturas, destacam a superação da dicotomia entre teoria e prática e o diálogo entre disciplinas específicas e disciplinas de caráter pedagógico. É nesse contexto, que se institucionaliza a prática como componente curricular. Para este trabalho, a prática não se constitui apenas numa componente curricular, mas, sobretudo, num objeto de conhecimento e construção da autonomia docente em Geografia. Nesse processo, apontam-se as narrativas como importante recurso a ser empregado, tanto nas licenciaturas, como ao longo do exercício docente. As narrativas, além de conduzir licenciandos e professores à reflexão das práticas de ensino constituintes da geografia escolar, representa uma potente alternativa ao combate da concepção tecnicista de ensino e ao fortalecimento da identidade e do fazer docentes em Geografia.