O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença crônica autoimune, caracterizada pela produção anormal de autoanticorpos, danificando grande parte dos sistemas orgânicos próprios, que afeta predominantemente mulheres em idade fértil. Sua multifatoriedade etiológica é decorrente de uma série de fatores congênitos/ hereditários, hormonais e ambientais. Quadros de remissões e exacerbações são comuns, associados a manifestações clÃnicas como fadiga, mal estar, anorexia, perda ponderal de peso e febre. Acomete principalmente rins, pele, articulações, coração, pulmões e sistema nervoso central. Apresenta também o rash malar, uma lesão cutânea caracterÃstica, que representa um critério expressivo ao diagnóstico. O tratamento consiste na farmacoterapia além de medidas de suporte. O arsenal terapêutico utilizado abrange classes farmacológicas como anti-inflamatórios não esteroidais, derivados da quina, imunossupressores e glicocorticóides, sendo estes os mais empregados. O tratamento adequado melhora a situação clÃnica por diminuir a disfunção orgânica causada, porém pode desencadear reações adversas significativas que devem ser avaliadas com cautela. O farmacêutico possui um papel indispensável na orientação aos pacientes lúpicos, fornecendo informações sobre a farmacoterapia e as possÃveis reações adversas, influenciando diretamente no controle da doença e no bem-estar do paciente.