Contar uma narrativa difere de ler um relato, e no ambiente educacional há espaço para ambas as atividades. O narrador reimagina a história junto à plateia. Ele mantém certos elementos do texto, mas adapta-o conforme a interação que ocorre com os ouvintes. Por outro lado, o leitor de histó-rias dá voz ao texto, respeitando a forma linguística da narrativa e as opções de palavras do autor. Frequentemente, a narração de histórias abre portas para diversas abordagens do texto contado. Praticada em diferentes estilos e locais, na escola desempenha um papel crucial, despertando o interesse dos estudantes e cultivando a paixão pela leitura de obras literárias. Uma narrativa pode comover e surpreender o ouvinte pela maneira como é apresentada. É sabido que as crianças experimentam vivências marcantes e memoráveis no ambiente escolar. A narração de histórias re-presenta uma dessas experiências que ajudam a manter o apreço pela literatura além da infância. Logo, é fundamental proporcionar às crianças oportunidades de ouvir diversas narrativas, sejam elas lidas ou contadas de cor. Qualquer educador tem o potencial de se tornar um narrador de histórias. Inicialmente, basta que ele explore diversas narrativas para os estudantes. Gradualmente, ele se familiariza com as histórias e passa a desejar contar aquelas que mais lhe agradam.