Os métodos convencionais de ensino costumam colocar os alunos em
posição passiva e tornam as aulas expositivas pouco envolventes. Tratar
de aprendizagem vivencial (aprender fazendo) usando a convencional
aula expositiva suscita uma clara dissonância cognitiva. Para difundir
uma filosofia educacional que possa combater a passividade do ensino foi
realizado um jogo de empresas para um grupo de 18 docentes do curso de
graduação em Administração numa Universidade Federal. Adotou-se
como referencial teórico a Educação em Administração, a Aprendizagem
Vivencial e os Jogos de Empresas. Foram colhidas ao final as opiniões
dos educadores, que, analisadas com a técnica estatÃstica multivariada de
escalonamento multidimensional, evidenciaram duas dimensões na
vivência: a) orientação para ação e b) orientação para análise. Concluiu-se
que, a despeito da formação acadêmica dos docentes e da especialização
decorrente das disciplinas por eles ministradas, o jogo de empresas
propiciou aos participantes a oportunidade de integração das dimensões
técnica e humana na tomada de decisão. Recomenda-se aos
coordenadores de cursos que antes de incluÃrem o método educacional
num programa de graduação devem identificar a opinião dos professores
e, também, propiciar ao corpo docente vivências com jogos de empresas,
para integrar as áreas funcionais e disseminar a filosofia da aprendizagem
vivencial.