Imunorreatividade das células dendríticas nas lesões foveolares da hanseníase dimorfa

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Imunorreatividade das células dendríticas nas lesões foveolares da hanseníase dimorfa

Ano: 2013 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: Gabriel Izan Santos Botelho, Tinara Leila de Souza Aarão, Luís Paulo Miranda Araújo Soares, Beatriz Santos Botelho, Denise da Silva Pinto, Hellen Thais Fuzii, Juarez Antônio Simões Quaresma, Francisca Regina Oliveira Carneiro
Autor Correspondente: Francisca Regina Oliveira Carneiro | [email protected]

Palavras-chave: hanseníase dimorfa, imunoistoquímica, células dendríticas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae, sendo caracterizada predominantemente por lesões dermatológicas e neurológicas. As formas de hanseníase tuberculoide e virchowiana são denominadas polares e consideradas estáveis. Entre esses polos, existe a forma dimorfa, caracterizada por uma instabilidade imunológica em que as manifestações clínicas são variáveis. Esta forma apresenta uma lesão com área de pele sã circundada por área infiltrada, nomeada de lesão foveolar. O objetivo deste estudo foi analisar o padrão imunorreativo das células dendríticas na área de pele aparentemente sã da região central e da borda infiltrada da lesão foveolar na hanseníase dimorfa. Trata-se de um estudo transversal e analítico. Utilizaram-se os marcadores CD1a e FXIIIa para a contagem das células dendríticas nas amostras de pele. Obteve-se predominância de células CD1a+ e FXIIIa+ na borda da lesão foveolar em comparação com a área central da lesão. O predomínio de células dendríticas na borda da lesão foveolar pode ser justificado pelo padrão de resposta inflamatória e imunológica ao M. leprae. A distribuição do M. leprae pode estar concentrada nesta região, promovendo uma maior exposição antigênica. Por meio da comparação entre o centro e a borda da lesão foveolar obteve-se uma diferença quantitativa que permite indicar uma função elementar das células dendríticas na resposta ao M. leprae e, consequentemente, no curso da doença.



Resumo Inglês:

Leprosy is an infectious and contagious disease, whose etiologic agent is the Mycobacterium leprae, mainly characterized by neural and dermatologic injures. The tuberculoid and lepromatous leprosy types are called polar and considered stable forms. Between them there is the borderline group that shows immunologic instability with variable clinical forms, and it presents a lesion with infiltred border and center of healthy skin, called foveolar lesion. This study aimed to analyze the immunoreactivity of dendritic cells in the apparently healthy skin inside the central region and the infiltred edge of the foveolar lesion in borderline leprosy. It is an analytical and transversal study. CD1a and FXIIIa markers were used to count the dendritic cells in skin samples. A predominance of CD1a and FXIIIa cells in the foveolar border lesion was observed as compared to the center area of the lesion. The prevalence of dendritic cells at the edge of the foveolar lesion can be justified by the pattern of inflammatory and immune response to M. leprae. The distribution of M. leprae may be concentrated in this region, promoting a greater antigenic exposure. The comparison between the center and the edge of the foveolar lesion has obtained a quantitative difference indicating a basic function of dendritic cells in response to M. leprae and, consequently, in the course of the disease.



Resumo Espanhol:

La hanseniasis es una enfermedad infecto-contagiosa cuyo agente etiológico es el Mycobacterium leprae, caracterizándose, predominantemente, por lesiones dermatológicas y neurológicas. Las formas de hanseniasis tuberculoide y virchowiana se denominan polares y son consideradas estables. Entre esos polos, existe la forma dimorfa, caracterizada por una inestabilidad inmunológica en la cual las manifestaciones clínicas son variables. Esta forma presenta una lesión con área de piel sana circundada por área infiltrada, llamada de lesión foveolar. El objetivo de este estudio fue el de analizar el estándar inmunorreactivo de las células dendríticas en el área de piel aparentemente sana de la región central y del borde infiltrado de la lesión foveolar en la hanseniasis dimorfa. Se trata de un estudio transversal y analítico. Fueron utilizados los marcadores CD1a y FXIIIa para el conteo de las células dendríticas en las muestras de piel. Se obtuvo predominancia de células CD1a+ y FXIIIa+ en los bordes de la lesión foveolar en comparación con el área central de la lesión. El predominio de células dendríticas en el borde de la lesión foveolar puede ser justificado por el patrón de respuesta inflamatoria e inmunológica a M. Leprae. La distribución de M. leprae puede estar concentrada en esta región, promoviendo una mayor exposición antigénica. A través de comparación entre el centro y el borde de la lesión foveolar se obtuvo una diferencia cuantitativa que permite indicar una función elemental de las células dendríticas en la respuesta a M. leprae y, consecuentemente, en el transcurso de la enfermedad.