Incidência e Preditores de Eventos Cardiovasculares Adversos Maiores no Tratamento Percutâneo Contemporâneo de Enxertos de Veia Safena

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

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Telefone: (11) 3849-5034
ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Incidência e Preditores de Eventos Cardiovasculares Adversos Maiores no Tratamento Percutâneo Contemporâneo de Enxertos de Veia Safena

Ano: 2011 | Volume: 19 | Número: 1
Autores: Andre Luiz Silveira Sousa, Guilherme Cruz Lavall, Constantino Gonzalez Salgado, Nelson Durval Ferreira Gomes de Mattos, Carlos Henrique Eiras Falcão, Suzana Alves da Silva, Rodrigo Verney Castello Branco, João Alexandre Rezende Assad, Andre Luiz da Fonseca Feijó, Luiz Antonio Ferreira Carvalho
Autor Correspondente: Andre Luiz Silveira Sousa | [email protected]

Palavras-chave: Stents, Veia safena, Vasos coronários.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Pacientes submetidos a intervenção coronária
percutânea (ICP) em enxertos de veia safena caracteristicamente
exibem maior risco de eventos cardiovasculares adversos
maiores (ECAM). Foram avaliados a incidência e os
preditores de ECAM no cenário atual, em que dispositivos
de proteção distal e de aspiração de trombos e o uso de
stents farmacológicos fazem parte da prática diária. Métodos:
Neste estudo foram avaliados 69 casos consecutivos
de pacientes com enxertos de veia safena, tratados com
stents, entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008. Foram
avaliadas as características clínicas, angiográficas e relacionadas
ao procedimento, bem como a incidência e preditores
de ECAM na evolução tardia. Resultados: A média de
idade dos pacientes foi de 72 + 10,2 anos, 79,7% eram do
sexo masculino, 31,9% eram diabéticos, e 56,5% foram
tratados na vigência de síndrome coronária aguda. Foram
abordados 71 enxertos de veia safena, com lesões predominantemente
localizadas no corpo (35,3%), tratadas mais
frequentemente com stents farmacológicos (82,8%). Dispositivos
de proteção distal foram utilizados em 31,9% e
de aspiração de trombo em 1,4% dos pacientes, e em 30,4%
foram utilizados inibidores da glicoproteína IIb/IIIa. No-reflow
ocorreu em 8,7% e o sucesso do procedimento foi constatado
em 89,9% dos casos. Na evolução tardia, ECAM, óbito,
infarto agudo do miocárdio e revascularização do vasoalvo
ocorreram em 15,9%, 7,2%, 4,3% e 14,5%, respectivamente,
e trombose de stent foi observada em 2,9% dos
pacientes. Na regressão de Cox apenas o uso de stents nãofarmacológicos
foi associado a ECAM [hazard ratio (HR) 4,1,
intervalo de confiança de 95% (IC 95%) 1,2-13,3; P = 0,02].
Conclusões: Pacientes com lesões em enxertos de veia
safena, tratados percutaneamente, exibiram elevada taxa
de eventos adversos a médio prazo e o uso de stents nãofarmacológicos
esteve associado a pior evolução.



Resumo Inglês:

Patients undergoing percutaneous coronary interventions
(PCI) in saphenous vein grafts tipically have a
higher risk of major adverse cardiac events (MACE). MACE
incidence and predictors were evaluated in the current
scenario, where distal protection and thrombus aspiration
devices and the use of drug-eluting stents are part of the
daily practice. Methods: Sixty-nine consecutive patients undergoing
coronary stenting in saphenous vein grafts from
January 2005 to December 2008 were evaluated. Clinical,
angiographic and procedure-related variables were evaluated
as well as the incidence and predictors of MACE in the late
follow-up. Results: Mean age was 72 + 10.2 years, 79.7%
were male, 31.9% were diabetic, and 56.5% presented with
acute coronary syndromes. Seventy-one saphenous vein grafts
were treated, with lesions located mainly in the body of the
graft (35.3%) and more frequently treated with drug-eluting
stents (82.8%). Distal protection devices were used in 31.9%
and thrombus aspiration in 1.4% of the patients, and 30.4%
received glycoprotein IIb/IIIa inhibitors. No-reflow was observed
in 8.7% and procedure success was observed in 89.9%
of the cases. In the late follow-up, MACE, death, acute
myocardial infarction and target vessel revascularization
were observed in 15.9%, 7.2%, 4.3%, and 14.5%, respectively
and stent thrombosis was observed in 2.9% of the patients.
In the Cox regression analysis only the use of bare metal stents
was associated with MACE [hazard ratio (HR) 4.1, 95% confidence
interval (95% CI) 1.2-13.3; P = 0.02]. Conclusions:
Patients with lesions in saphenous vein grafts treated by
percutaneous interventions had a high rate of mid-term adverse
events and the use of bare metal stents was associated to a
worse clinical outcome.