Sob o propósito de aferir em que medida a pessoa com deficiência participa da vidacomunitária, o artigo contextualiza esse segmento sob os enfoques conceitual, estatístico,socioeconômico e histórico. A realidade VERificada (pobreza, desigualdade, preconceito,discriminação, injustiça e exclusão) suscita a compreensão teológica deste panorama, quetransita pela Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, perpassando a Doutrina da Graça,Eclesiologia do Corpo Místico de Cristo. Uma vez que a prática de Jesus narrada nosEvangelhos é o paradigma da moral cristã, o artigo avança para o campo da Teologia Moral,analisando a pessoa com deficiência numa perspectiva ética teológica pautada na Bioética deIntervenção. O JULGAR da realidade culmina na abordagem de um AGIR proposto elaCampanha da Fraternidade de 2006, que frutifica a criação de uma Pastoral da Pessoa comDeficiência na Arquidiocese de Curitiba e respectiva Paróquia Pessoal. Com fulcro nosdocumentos pesquisados, depoimentos coletados e observações in locu realizadas, é possíveltecer uma análise fenomenológica que resulta na constatação do protagonismo da Pastoral dosSurdos na deflagração dessas estruturas e na efetiva participação comunitária. Apesar dainclusão promovida, os caminhos percorridos ainda apresentam desafios, em face daparticipação reduzida de pessoas com outras deficiências. Sem deslustro de todo o trabalhorealizado na Paróquia Pessoal da Pessoa com Deficiência, toda ação pastoral em prol dessesegmento deve ser realizada em cada comunidade que é o lugar de encontro com Cristo,observadas as especificidades e demandas de cada deficiência.
