Em um contexto de pandemia, no Brasil e no mundo, as tecnologias digitais de rede foram sendo adotadas na mediação de processos de ensino-aprendizagem, seja na educação básica ou na educação superior. No cenário brasileiro, dados da Pesquisa TIC Domicílios 2019 (CGI.br, 2019) denunciam que apenas 39% dos domicílios brasileiros possuem computador e que 28% dos domicílios não possuem acesso à internet. Para além do acesso, estudos sobre inclusão digital reforçam a necessidade de se pensar na apropriação social das tecnologias, implicando não somente na instrumentalização e na fluência tecnológica, mas na apropriação crítica, autoral e criativa das tecnologias digitais e no exercício da cidadania na rede. Neste sentido, o que significa ser um excluído digital em um contexto de isolamento social? Que educação estamos praticando e para quem, neste contexto de pandemia?