Objetivo: Descrever a distribuição escolar de um grupo
de crianças e adolescentes com paralisia cerebral (PC) e analisar
o impacto da função motora grossa e outros déficits no
processo de inclusão.
Métodos: Estudo prospectivo de pacientes do Ambulatório
de Paralisia Cerebral da Universidade Federal do Paraná,
avaliados em 2005. Pais ou cuidador completaram um questionário
com dados relativos a: tipo de escola frequentada,
dificuldades do aprendizado e necessidade de suporte psicopedagógico
e fonoaudiológico. Os dados obtidos incluÃram
quem era o cuidador primário, seu nÃvel de escolaridade e
renda. As variáveis coletadas dos prontuários foram antecedentes
perinatais e pós-natais, classificação topográfica da PC
e função motora (Sistema de Classificação Motora Grossa −
SCFMG), classificação da fala e presença de epilepsia.
Resultados: 105 crianças e adolescentes foram incluÃdos.
A média de idade foi 10,8 anos, 61 (58%) masculinos. Dentre as 105 crianças, 97 (92%) frequentavam a escola, 36 (34%)
em classe regular, 7 (6,5%) em classe especial e 54 (51%) em
escola especial. Crianças que frequentavam a escolar regular
apresentavam predominantemente SCFMG nÃvel I ou II,
hemiplegia, epilepsia ausente ou com bom controle e fala
normal ou disartria. Aqueles em escola especial eram crianças
com SCFMG nÃveis III, IV e V, diplegia ou tetraplegia,
epilepsia refratária e atraso na fala ou sua ausência.
Conclusões: Até o momento, a inclusão de crianças com
PC em escolas regulares parece trazer benefÃcios para aquelas
com hemiplegia, nÃvel I ou II do SCMFG, sem epilepsia e
com fala normal.
Objective: To describe the school distribution of a group
of children and adolescents with cerebral palsy (CP) and to
analyze the impact of gross motor function and other deficits
in the inclusion process.
Methods: Prospective study of patients from de
Outpatient Clinic for Cerebral Palsy of the Federal University
of Paraná, Brazil, in 2005. Parents or caregivers completed a
questionnaire about type of school attended at the moment,
learning disabilities, and need for psychopedagogic and
speech-language support. Data collected included who was
primary caregiver, his/her school level and per capita income.
Data obtained from medical records were: perinatal and post
natal antecedents, topographic classification of CP and motor
function (Gross Motor Function Classification System −
GMFCS), speech classification and presence of epilepsy.
Results: 105 children and adolescents were included.
Mean age was 10.8 years old and 61 (58%) were male; 97
(92%) attended school, with 36 (34%) in regular classes, 7
(6.5%) in special classes and 54 (51%) in special schools.
Most of the children attending regular school had GMFCS
level I or II, hemiplegia, absence of epilepsy or good control
of seizures and either normal speech or dysarthria. Those
in special schools had GMFCS levels III, IV or V, diplegia
or tetraplegia, refractory epilepsy and a delayed speech or
muteness.Conclusions: Up to now, inclusion of children with CP
in regular schools proved to be indicated for those hemiplegic,
with GMFCS level I or II, without epilepsy and with
normal speech.
Objetivo: Describir la distribución escolar de un grupo
de niños y adolescentes con Parálisis Cerebral (PC) y analizar
el impacto de la función motor gruesa y otros déficits en el
proceso de inclusión.
Métodos: Estudio prospectivo de pacientes del
Ambulatorio de Parálisis Cerebral de la Universidad Federal
de Paraná, Brasil, evaluados en 2005. Padres o cuidador
completaron un cuestionario con datos relativos a: tipo de
escuela frecuentado, dificultades de aprendizaje y necesidad
de auxilio psicopedagógico y fonoaudiológico. Los datos
obtenidos incluyeron quién era el cuidador primario, su
nivel de escolaridad e ingresos. Los datos recogidos de los
prontuarios fueron antecedentes perinatales y post-natales,
clasificación topográfica de la PC y función motora (Sistema
de Clasificación Motora Gruesa - SCFMG), clasificación del
habla y presencia de epilepsia.
Resultados: Se incluyó a 105 niños y adolescentes. El
promedio de edad fue de 10,8 años, 61 (58%) masculinos.
Entre los 105 niños, 97 (92%) frecuentaban la escuela, 36
(34%) en clase regular, 7 (6,5%) en clase especial y 54 (51%)
en escuela especial. Niños que frecuentaban la escuela regular
presentaban predominantemente SCFMG nivel I o II, hemiplejÃa,
epilepsia ausente o con buen control y habla normal o
disartria. Aquellos en escuela especial eran niños con SCFMG
niveles III, IV y V, diplejÃa o tetraplejÃa, epilepsia refractaria
y retraso en el habla o su ausencia.
Conclusiones: La inclusión escolar de niños con PC es un
tema complejo. Hasta el momento, la inclusión de niños con
PC en escuelas regulares parece traer beneficios para aquellos con hemiplejÃa, nivel I o II del SCMFG, sin epilepsia y con
habla normal.