Múltiplas inovações incorporadas à nossa rotina foram concebidas em startups. Por seu porte e estrutura enxutos, as startups são o ambiente propício para romper com a tradição em produtos e serviços. São o cenário adequado para a experimentação de novas tecnologias e criação de novos mercados e, dessa forma, contribuem para o crescimento econômico e social. Não obstante sua vocação a inovar, as startups enfrentam barreiras para se desenvolver, principalmente de ordem financeira. A participação em ecossistemas de inovação é uma das formas de se driblar esses obstáculos, ao facultar seu acesso a recursos, construção de redes, transferência de conhecimento e à implementação dos projetos. Para ingressar em ecossistemas, as startups submetem-se a processos seletivos que utilizam indicadores de inovação para avaliar seu potencial. Todavia, os indicadores aplicados podem não ser os mais adequados às características das startups. Por sua vez, a literatura que congrega indicadores de inovação, startups e ecossistemas de inovação se mostra incipiente. Este ensaio teórico pretende contribuir na discussão desta temática a partir da revisão da literatura, apresentando o estado da arte do tema e sugerindo pesquisas futuras que possam auxiliar formadores de políticas de incentivo a startups de maneira mais efetiva.