Os Sistemas Agroflorestais (SAFE) são formas de uso da terra e ocupação do solo em que plantas lenhosas são manejadas em associação com herbáceas e os agrÃcolas, com potencial para recuperação de áreas degradadas. Assim, o acompanhamento e avaliação de áreas recuperadas com sistemas agroflorestais são extremamente importantes para avaliar se as funções ambientais podem ser equivalentes as de áreas recuperadas apenas com espécies nativas. Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar, através de indicadores de restauração florestal, a recuperação das funções ecossistêmicas em um SAF implantado em Ribeirão Grande, Estado de São Paulo. O desenho amostral foi inteiramente casualizado com 3 parcelas (15 x 15 m cada) alocadas em uma área de SAF e outras 3 parcelas em uma área de reflorestamento somente com espécies nativas (RN), sendo que ambos os tratamentos com cinco anos de idade e localizados na mesma bacia hidrográfica. Os indicadores foram diâmetro de copa, estoque serapilheira, altura e diâmetro acima da base das árvores individuais, temperatura do solo e umidade. Os pressupostos de normalidade e homogeneidade de variância foram verificados através da Análise de ResÃduos, com posterior análise usando o teste não paramétrico de Wilcoxon-Mann-Whitney. As análises estatÃsticas foram realizadas utilizando o software R (R Development Core Team, 2012) com um nÃvel de significância de 5% (α = 0,05). Conclui-se que a área de recuperação apenas com espécies nativas apresenta melhor desenvolvimento da estrutura vertical, com maior fechamento do dossel. Para os indicadores de solo não houve diferenças. Sistemas agroflorestais dirigidos pela sucessão natural podem ser uma alternativa para a recuperação de áreas degradadas, devido à maior semelhança com a estrutura de florestas nativas.