Nesse artigo a teoria da individuação de Gilbert Simondon é apresentada como uma das estratégias de superação de uma visão substancialista que ao longo dos séculos tem concebido os seres como formas estáveis e idênticas a si próprias, menosprezando os processos, o devir, a diferença, a irreversibilidade temporal. Tomando como eixo de análise o conceito de Informação, tal como formulado na Simondom, o de individuação, metaestabilidade, transdução, intensidade, numa articulação com conceitos de outros autores como Guattari, Prigogine, Stengers, Serres e Bydens, realiza-se da uma problematização de teorias que sustentam a supremacia da Forma, da substância e dos seres individuados, e propõem-se uma visão ontogenética na qual privilegia-se o processo de engendramento dos seres - o processo de individuação.
In this article, the theory of Gilbert Simondon’s individuation is presented as one of the strategies for overcoming of a substantialist view, that over the centuries has developed beings as stable forms and identical to themselves, disregarding the process, the becoming, difference, irreversibility of time. Taking as a point of analysis the concepts of information, individuation, metastability, transduction and intensity as developed by Simondon, in conjunction with concepts of other authors as Deleuze, Guattari, Prigogine, Stengers, Serres and Bydens, this article questions some theories that support the supremacy of form, substance and of individual beings, proposing an ontogenetic view on which privileges the process of engendering beings – the process of individuation.