A industrialização brasileira em perspectiva histórica (1808-1956)

Em Tempo de Historias

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ISSN: 2316-1191
Editor Chefe: Artur Nogueira Santos e Costa
Início Publicação: 30/11/1995
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: História

A industrialização brasileira em perspectiva histórica (1808-1956)

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: 18

Palavras-chave: Industrialização, crescimento industrial, protecionismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Desde a revogação da proibição de fábricas e de atividades manufatureiras em 1808,
passando pelas diversas reformas alfandegárias ao longo do século XIX, pela controvérsia entre
Eugênio Gudin e Roberto Simonsen, nas décadas de 1930 e 1940, acerca das vantagens e
desvantagens do livre comércio, e pelas discussões no Senado federal, nos anos 1940 e 1950, a
respeito da industrialização e do desenvolvimento econômico do País, a importância da indústria
para o desenvolvimento do País constitui um dos temas centrais da história econômica nacional.
A convergência de opiniões quanto à relevância do tema não se traduz em consenso quanto à
dinâmica e aos condicionantes do processo de industrialização propriamente dito. Variando de
questões conceituais — a falta de rigor no emprego de termos como industrialização e
crescimento industrial, por exemplo, ou ainda a desatenção com processos de ressignificação
vocabular — a aspectos substantivos e teóricos, as divergências dificultam o entendimento de
como, quando e por que a indústria de bens de capital logrou desalojar a agricultura de
exportação como centro dinâmico da economia brasileira. Exemplos de como o emprego
inadequado de conceitos pode dificultar as análises teóricas do referido processo podem ser
encontrados em diversos estudos que vinculam a industrialização brasileira ao nível de
protecionismo vigente. Por esse ângulo, o principal obstáculo à industrialização brasileira no
século XIX foi o nível reduzido das tarifas alfandegárias nacionais no período.



Resumo Inglês:

Since the prohibition of factories and manufacturing activities was repealed in 1808,
through the various customs reform throughout the nineteenth century, the controversy between
Eugenio Gudin and Roberto Simonsen in the 1930s and 1940s about the advantages and
disadvantages of free trade, and the discussions in the federal Senate in 1940 and 1950, about the
industrialization and economic development of the country, the importance of industry to the
Brazil's development is one of the central issues in national economic history. The convergence
of views regarding the relevance of the subject does not translate into consensus on the dynamics
and the constraints of the industrialization process itself. Ranging from conceptual issues — the
lack of rigor in the use of terms such as industrialization and industrial growth, for example, or
lack of awareness to the processes of re-signification of concepts — to substantive and theoretical
aspects, divergences may render the understanding of how, when and why the capital goods
industry has managed to dislodge the export agriculture as the dynamic center of the Brazilian
economy quite difficult. Examples of how the inadequate use of concepts can hinder the
theoretical analysis of the industrialization process can be found in several studies that linked the
Brazilian industrialization to the level of protectionism in force. From this perspective, the main
obstacle to Brazilian industrialization in the nineteenth century was the low level of tariffs during
the period.