INFÂNCIA, TEMPO E UTOPIA: UM OLHAR PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFESSORAS

CAMINE

Endereço:
Av Eufrásia Monteiro Petráglia, 900 - Jd Dr. Antonio Petráglia
Franca / SP
14409-160
Site: http://seer.franca.unesp.br/index.php/caminhos/index
Telefone: 1637068700
ISSN: 2175-4217
Editor Chefe: Profa. Dra. Célia MAria David
Início Publicação: 30/09/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

INFÂNCIA, TEMPO E UTOPIA: UM OLHAR PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFESSORAS

Ano: 2009 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Elydio dos Santos Neto; Marta Regina Paulo da Silva
Autor Correspondente: Elydio dos Santos Neto | [email protected]

Palavras-chave: infância, tempo, utopia, experiência, neoliberalismo, formação de professores(as)

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho propõe uma discussão sobre a maneira como lidamos com o tempo em nossa sociedade contemporânea. Um tempo onde tudo se passa de forma cada vez mais acelerada, impossibilitando que sejamos tocados/as pelas coisas do mundo. Consideramos o tipo de impacto que esta pressa tem sobre as pessoas de modo geral, e, em especial, para a vida e o trabalho de professores/as e, consequentemente, para o encontro humano que ocorre em sala de aula. Destacamos assim o empobrecimento da experiência e as dificuldades para que os encontros pedagógicos com os/as alunos/as sejam, de fato, um acontecimento. A partir daí discutimos a idéia de infância contida na obra de Giorgio Agamben, que compreende a infância não apenas como uma etapa cronológica da vida, mas como uma condição da existência humana. Assim, deixar de ser infante, nesta perspectiva, provoca uma série de desdobramentos para o trabalho docente: o distanciamento de si mesmo, a desconsideração da curiosidade epistemológica, a obstaculização da capacidade de criar, a falta da coragem para transgredir e a dificuldade de colocar-se dialogalmente diante do outro em atitude “dodiscente”, como sugeria Paulo Freire. Frente a isto defendemos a necessidade de recuperar, contra a hegemonia neoliberal, a capacidade de trabalhar com a dialética problemas do presente x utopia. Aqui afirmamos nossa compreensão de que o processo de constituição de professores/as passa pela capacidade de esperançar, verbo que indica muito mais do que uma emoção, pois sugere também, como afirmam Giroux e McLaren, uma forma de intencionalidade cognitiva, de asserção ontológica e de consciência antecipatória. Concluímos apresentando os obstáculos que se levantam contra os/as professores/as que, na realidade brasileira, optam por assumirem-se como sujeitos inacabados, infantes, comprometidos com a transformação da realidade presente e que, para manterem-se em pé, alimentam-se das utopias que lhes permitem esperançar.



Resumo Inglês:

This paper proposes a discussion on how we deal with time in our contemporary society. A time
where everything is happening so fast growing it impossible to be touched / the things of the world.
Consider the kind of impact this has on people rush in general, and especially to the life and work of
teachers / as, and therefore for the human encounter that occurs in the classroom. Featuring so
impoverishment of experience and the difficulties for the meetings with the teaching / the student / as
are, in fact, an event. From there we discussed the idea of childhood in the work of Giorgio Agamben,
which includes the children not only as a chronological stage of life, but as a condition of human
existence. So stop being infant, therefore, causes a number of developments for the teaching: the
distancing of oneself, the lack of epistemological curiosity, the difficulty of aathe ability to create, the
lack of courage to transgress and the difficulty of putting - is dialogical attitude in the face of another
"to-student," as suggested Paulo Freire. Front of this stand the need to recover against neoliberal
hegemony, the ability to work with the problems of this dialectic x utopia. Here we affirm our
understanding that the process of formation of teachers / as is the ability to hope, verb that indicates
much more than an emotion, it also suggests, as Giroux and McLaren, a form of cognitive
intentionality of ontological assertion and of anticipatory consciousness. We conclude by presenting
obstacles that arise from the / the teachers / those in the Brazilian reality, choose to take it as being
unfinished, children, committed to the transformation of this reality and to keep in walking, feed - of
utopias is that they can hope.