Este artigo é parte resultante da tese de doutorado intitulada “Infâncias Monotônicas – uma rapsódia da Esperançaâ€. Insere-se na perspectiva de um estudo psicossocial e cultural crÃtico e objetiva discutir acerca das representações do outro na escrita de pesquisa, elegendo a infância como um lugar alegórico e reflexivo. Contempla, pela análise, os desenhos e os poemas das crianças do gueto de Terezin no perÃodo da Segunda Guerra Mundial. Toma como base a Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici, na interlocução constante com outras teorias e campos de conhecimento, utilizando especialmente as contribuições de Walter Benjamin e Mikhail Bakhtin. Conclui sustentando a tese que concebe a poética como um dos eixos tradutores das culturas das infâncias.
This paper is part of a doctoral thesis entitled “Monotonic childhoods – a rhapsody of hopeâ€. It follows the perspective of a critical psychosocial and cultural study, and aims at discussing the other’s representation in research writing, electing childhood as an allegorical and reflective place. It takes into consideration, by means of analysis, the drawings and poems of children from the Terezin ghetto during the Second World War. The work is mostly based on Serge Moscovici’s Social Representation Theory, but it is also in constant dialogue with other theories and knowledge fields, especially Walter Benjamin’s and Mikhail Bakhtin’s contributions. At the end, the paper supports the thesis that conceives poetics as one of the translation axes of childhood cultures.