Quando atentamos para a importância das crianças e das infâncias na história do fazer acadêmico, somos levados a admitir que ambas foram, durante muito tempo, tanto ignoradas quanto silenciadas nas pesquisas científicas. Ao dizer isso, estamos destacando que, de forma geral, as próprias crianças demoraram a despontar como ‘sujeitos’ legítimos das
infâncias nas pesquisas, embora tenham estado muito presentes como ‘objetos’ em investigações das ciências médicas, pedagógicas, psicológicas etc. Em alguma medida, mas real e menos poética, era como se as crianças e as infâncias “estivessem não estando”.