OBJETIVO:
Identificar os vÃrus envolvidos nos quadros de infecções agudas de trato respiratório e analisar as taxas de internação e de óbito em crianças submetidas à profilaxia com palivizumabe.
MÉTODOS:
Coorte prospectiva com 198 crianças menores de um ano nascidas antes de 29 semanas de idade gestacional e crianças menores de dois anos com cardiopatia hemodinamicamente instável ou doença pulmonar crônica que receberam palivizumabe para profilaxia contra infecções graves pelo vÃrus sincicial respiratório, em 2008. No perÃodo do estudo, em cada episódio de infecção aguda do trato respiratório, coletou-se aspirado de nasofaringe para identificar vÃrus sincicial respiratório, adenovÃrus, parainfluenza 1, 2 e 3, influenza A e B por imunofluorescência direta, rinovÃrus e metapneumovÃrus por reação em cadeia de polimerase precedida de transcriptase reversa. Monitoraram-se internações e óbitos nesse grupo.
RESULTADOS:
Das 198 crianças acompanhadas, 117 (59,1%) apresentaram infecções agudas de trato respiratório, totalizando 175 episódios. De 76 aspirados de nasofaringe coletados na vigência de infecções do trato respiratório, 37 foram positivos, encontrando-se: rinovÃrus (75,7%), vÃrus sincicial respiratório (18,9%), parainfluenza (8,1%), adenovÃrus (2,7%), metapneumovÃrus (2,7%) e múltiplos agentes em três amostras. Das 198 crianças, 48 (24,4%) foram internadas, sendo 30 (15,2%) por etiologia não respiratória e 18 (9,1%) por problemas respiratórios; entre os 18 casos, um foi por vÃrus sincicial respiratório. Duas crianças evoluÃram para óbito, não tendo sido identificado o vÃrus sincicial respiratório.
CONCLUSÕES:
Na vigência de profilaxia, observou-se frequência baixa de infecções pelo vÃrus sincicial respiratório e baixo Ãndice de hospitalizações, sugerindo benefÃcio da profilaxia com palivizumabe.