Objetivos: avaliar a influência da via de parto sobre os resultados perinatais em mulheres que tiveram parto prematuro; avaliar características demográficas e obstétricas como determinantes da via de parto. Métodos: realizou-se estudo transversal na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, com 195 mulheres que tiveram parto prematuro, sem complicações e os recém-nascidos com peso ≥ 500g e idade gestacional entre 22 e 36 semanas e seis dias. Para avaliação estatística comparativa entre os dois grupos (partos vaginal e abdominal), utilizou-se o teste de Mann-Whitney. O cálculo da razão de risco ajustado foi realizado através de Regressão Logística e Multivariada. Resultados: observou-se que o pródromo de trabalho de parto prematuro, bolsa rota e administração de tocolíticos e corticoides aumentaram o risco de cesárea, enquanto o trabalho de parto prematuro ativo diminuiu. A cesárea aumentou a chance do Apgar ao 5° minuto ser ≥ 7. Conclusões: não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos resultados perinatais entre recém-nascidos de partos vaginal e abdominal de mulheres que tiveram parto prematuro. O pródromo de trabalho de parto prematuro, bolsa rota e uso de agentes tocolíticos e corticoides aumentaram o risco de cesárea, enquanto o trabalho de parto prematuro ativo diminuiu.