A influência da música no processo de socialização e aceitação das diferenças

Revista InCantare

Endereço:
Rua dos Funcionario, 1357
Curitiba / PR
82030050
Site: http://periodicos.unespar.edu.br/index.php/incantare
Telefone: (41) 3166-3708
ISSN: 2317-417X
Editor Chefe: Profª. Drª Ana Maria de Barros
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Diário
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

A influência da música no processo de socialização e aceitação das diferenças

Ano: 2024 | Volume: 20 | Número: 1
Autores: R. R. Kich, M. Barth, J. S. Renner
Autor Correspondente: R. R. Kich | [email protected]

Palavras-chave: música, pessoa com deficiência, socialização, inclusão social

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O estudo visa identificar a influência da música no processo de socialização e aceitação das diferenças. Esta pesquisa consiste em uma revisão sistemática de literatura, com análise e discussão de dados sob abordagem qualitativa. Foram analisados 11 trabalhos com temática sobre música e socialização, publicados entre 2014 a 2023. A análise dos resultados e das considerações levou à construção de três categorias: a) Desenvolvimento de aptidões sociais, b) Promoção da autoestima e c) Inclusão Social. Evidencia-se que a música é um importante meio de socialização para todas as pessoas, seja ela com deficiência ou não, com síndrome, com transtorno espectro autista, ou qualquer outra condição que possa afetar a sua inclusão e interação social. Após a busca de publicações, verificou-se que a maioria dos estudos está voltada para a educação, não sendo encontrados dados relativos à música e socialização, fora do ambiente escolar. Todos os estudos evidenciaram que a música contribuiu com as interações sociais dos participantes, promovendo várias ações positivas como a melhora na comunicação, aumento da atenção e concentração, como também da autoconfiança, a autonomia e a motivação. A autoestima é fundamental no processo de socialização das pessoas principalmente em uma sociedade que ainda é discriminatória e capacitista, além de auxiliar na superação de obstáculos, pode desenvolver sentimentos de alegria e felicidade. As pessoas estigmatizadas têm os mesmos direitos que qualquer outra pessoa, exigem respeito e as mesmas oportunidades, ajudando a criar uma cultura de valorização das diferenças, além do sentimento de pertencimento.



Resumo Inglês:

The  study  aims  to  identify  the  influence of   music   on   the   process   of   socialization   and acceptance of differences. This research consists of an  integrative  systematic  literature  review,  with data  analysis  and  discussion  using  a  qualitative approach. 11  works  on  music  and  socialization, published between 2014 and 2023, were analyzed. The analysis of results and considerations led to the construction  of  three  categories:  a)  Development of social interactions, b) Promotion of self-esteem and  c)  Social Inclusion.  It  is  clear  that  music  is  an important  means  of  socialization  for  all  people, whether  they  have  a  disability  or  not,  have  a syndrome,  have  an  autism  spectrum  disorder,  or any other condition that may affect their inclusion and    social    interaction.    After    searching    for publications,  it  was  found  that  the  majority  of studies  are  focused  on  education,  with  no  data relating  to  music  and  socialization  outside  the school   environment   being   found.   All   studies showed  that  music  contributed  to  participants' social   interactions,   promoting   several   positive actions     such     as     improved     communication, increased  attention  and  concentration,  as  well  as self-confidence,  autonomy  and  motivation.  Self-esteem is fundamental in the socialization process of   people,   especially   in   a   society   that   is   still discriminatory and ableist. In addition to helping to overcome obstacles, it can develop feelings of joy and happiness. Stigmatized people have the same rights as anyone else, they demand respect and the same opportunities, helping to create a culture of valuing   differences,   as   well   as   a   feeling   of belonging..