Influência da posição prona na oxigenação, frequência respiratória e na força muscular nos recém-nascidos pré-termo em desmame da ventilação mecânica

Revista Paulista De Pediatria

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Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Influência da posição prona na oxigenação, frequência respiratória e na força muscular nos recém-nascidos pré-termo em desmame da ventilação mecânica

Ano: 2012 | Volume: 30 | Número: 2
Autores: R.C. Malagoli, F.F. Santos, E.A. Oliveira, M.C. Bouzada
Autor Correspondente: M.C. Bouzada | [email protected]

Palavras-chave: postura, prematuro, oxigenação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Verificar a influência do posicionamento do
recém-nascido prematuro sobre a força da musculatura
respiratória, oxigenação e frequência respiratória.
Métodos: Estudo transversal com amostra pareada de
recém-nascidos com idade gestacional inferior a 34 semanas,
intubados, em processo final de desmame de ventilação mecânica.
Foram excluídos aqueles com malformações, síndromes
genéticas, doenças neuromusculares, traqueostomizados e
em pós-operatório de cirurgias abdominais ou torácicas. As
medidas de pressão inspiratória máxima foram aferidas utilizando-
se manovacuômetro digital; a frequência respiratória
através da observação das incursões respiratórias das crianças
em um minuto e a saturação de oxigênio por oxímetro, nas
posturas prona e supino. Os testes estatísticos aplicados foram
Kruskal-Wallis, o teste t de Student e o coeficiente de
correlação de Pearson, sendo significante p<0,05.Resultados: Foram estudadas 45 crianças com síndrome
do desconforto respiratório. A idade gestacional média foi de
30,4 semanas e o peso médio ao nascer de 1522g. Os valores
de saturação de oxigênio foram mais elevados (p<0,001) e
os de pressão inspiratória máxima mais baixos (p<0,001) na
posição prona. Os valores de frequência respiratória foram
semelhantes nas duas posições estudadas (p=0,072).
Conclusões: Observaram-se menores valores de pressão
inspiratória além de aumento da saturação de oxigênio na
posição prona quando comparada à supino. Em relação à
frequência respiratória, não foi observada variação entre
as posturas prona e supino.



Resumo Inglês:

Objective: To verify the influence of preterm infant
positioning on respiratory muscle strength, oxygenation
and respiratory rate.
Methods: Cross-sectional study with a paired sample
of intubated infants born with gestational age less than
34 weeks, in the final process of weaning from mechanical
ventilation. Infants with malformation, genetic
syndromes, neuromuscular diseases, tracheotomies and
in the postoperative period of abdominal and thoracic
surgery were excluded. Maximum inspiratory pressure
measures were checked by a digital manometer; respiratory
rate was visually observed during one minute and
oxygen saturation was measured by a pulse oximeter in
prone and supine postures. Kruskal-Wallis and Student’s
t-test and Pearson correlation coefficient were applied,
being significant p<0.05.
Results: 45 infants with respiratory distress syndrome
were evaluated. The mean gestational age was 30.4 weeks
and the mean birth weight was 1522g. The oxygen saturation
was higher in prone position (p<0.001). Values of
maximum inspiratory pressure were lower in prone when
compared to infants in the supine position (p<0.001).
Respiratory rate was similar in the two studied positions
(p=0.072).
Conclusions: There was a lower inspiratory pressure
and a higher oxygen saturation in prone position when
compared to the supine one. Concerning the respiratory
rate there was no variation between prone and supine
position.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Verificar la influencia del posicionamiento del
recién-nacido prematuro sobre la fuerza muscular respiratoria,
oxigenación y frecuencia respiratoria.
Métodos: Estudio transversal con muestra pareada de recién
nacidos con edad gestacional inferior a 34 semanas, entubados,
en proceso final de destete de ventilación mecánica. Se excluyeron
a aquellos con malformaciones, síndromes genéticos,
enfermedades neuromusculares, traqueostomizados y en postoperatorio
de cirugías abdominales o torácicas. Las medidas
de presión inspiratoria máxima fueron verificadas mediante
el uso de manovacuómetro digital; la frecuencia respiratoria,
mediante la observación de las incursiones respiratorias de los
niños en un minuto y la saturación de oxígeno por oxímetro, en
las posturas prona y supina. Las pruebas estadísticas aplicadas
fueron Kruskal-Wallis, la prueba t de Student y el coeficiente
de correlación de Pearson, siendo significante p<0,05.
Resultados: Se estudiaron 45 niños con síndrome de dificultad
respiratoria. La edad gestacional mediana fue de 30,4
semanas, y el peso mediano al nacer fue de 1522g. Los valores
de saturación de oxígeno fueron más elevados (p<0,001) y
los de presión inspiratoria máxima más bajos (p<0,001) en la
posición prona. Los valores de frecuencia respiratoria fueron
semejantes en las dos posiciones estudiadas (p=0,072).
Conclusiones: Se observaron menores valores de presión
inspiratoria, además de aumento en la saturación del oxígeno
en la posición prona cuando comparada a la supina. Respecto
a la frecuencia respiratoria, no se observó variación entre las
posturas prona y supina.