Contextualização: O decúbito lateral apresenta as maiores mudanças em relação à ventilação pulmonar regional e é utilizado na
rotina da fisioterapia respiratória. Objetivos: Avaliar a influência do decúbito lateral na deposição pulmonar de radioaerossol durante
a inalação em indivÃduos jovens e relacionar os efeitos desse decúbito na rotina terapêutica. Métodos: Em estudo randomizado em
duas fases, foram incluÃdos oito homens voluntários saudáveis, com média de idade de 23,6±2,5 anos. Na primeira fase, inalou-se
aerossol durante nove minutos no decúbito lateral sorteado e, após intervalo de cinco a sete dias, realizou-se a segunda fase. Para
a cintilografia, inalou-se uma dose média de ácido dietilnotriaminopentacético marcado com tecnécio (DTPA – TC99m), com uma
atividade radioativa em média de 25 milicuries (mCi). Ao final da inalação, as imagens foram adquiridas em câmaras de cintilação e
analisadas por meio da divisão longitudinal e transversal dos pulmões em regiões de interesse (ROI). Para análise estatÃstica, utilizou-se
o teste t de Student pareado, considerando significativo p≤0,05. Resultados: A inalação em decúbito lateral direito apresentou, na
ROI posterior do pulmão direito, um maior número de contagem (p≤0,04) quando comparada à ROI posterior do pulmão esquerdo.
No decúbito lateral esquerdo, observou-se um maior número de contagem no pulmão esquerdo (p≤0,02) do que na ROI posterior
do pulmão direito. Conclusões: A deposição das partÃculas de aerossol durante inalação apresentou um comportamento decúbito
dependente nas duas fases do estudo, ratificando técnicas e recursos terapêuticos baseados na fisiologia da ventilação decúbito
dependente e sugere a utilização do posicionamento corporal na rotina terapêutica.
Background: The lateral decubitus position leads to the greatest changes in regional pulmonary ventilation and is used in respiratory
physical therapy routines. Objectives: To evaluate the influence of the lateral decubitus position on the pulmonary deposition of inhaled
radioaerosol particles in young people and report the effects of the decubitus position on routine therapy. Methods: Eight healthy male
volunteers, mean age 23.6±2.5 years, were included in a randomized study in two phases. In the first phase, aerosol was inhaled for
nine minutes in a randomly-selected lateral decubitus position and after an interval of 5 to 7 days, the second phase was conducted.
Pulmonary scintigraphy was carried out by inhalation of 25 mCi of 99mTc-DTPA. Following inhalation, images were acquired with
scintillation cameras and regions of interest (ROI) were investigated in the longitudinal and cross-sectional divisions of the lungs.
Statistical analysis included a paired Student’s t-test with a significance level of p≤0.05. Results: Inhalation in the right lateral decubitus
position presented higher counts (p≤0.04) in posterior ROI of the right lung than in the posterior ROI of the left lung. In the left lateral
decubitus position, the count was higher in the left lung (p≤0.02) than in the posterior ROI of the right lung. Conclusions: The deposition
of aerosol particles during inhalation was position-dependent in the two phases of the study, which confirms the validity of technical
and therapeutic resources based on the physiology of position-dependent ventilation and suggests that body positioning can be used
to advantage in routine therapy.