Este trabalho objetivou avaliar como as alterações do ajuste da configuração de brilho e de contraste afetam a detecção de calcificações em tecidos moles da região de cabeça e pescoço em radiografias panorâmicas (RPs), levando em consideração a experiência dos profissionais em Radiologia Odontológica e Imaginologia. Foram avaliadas 2.661 RPs, em que 53, cujas imagens sugestivas da presença de diferentes tipos de calcificações em tecidos moles, foram selecionadas e inseridas em diferentes arquivos (pastas) com diferentes alterações de brilho e de contraste, sendo (V1) -30% de brilho e +30% de contraste; (V2) -15% de brilho e -15% de contraste; (V3) imagem original; (V4) +15% de brilho e -15% de contraste. Assim, resultou-se o total de 212 imagens. Seis dentistas voluntários avaliaram as radiografias, procurando por imagens sugestivas de calcificações de tecidos moles, divididos em dois grupos: (1) avaliadores com um a cinco anos de experiência e (2) avaliadores com mais de cinco anos de experiência na área. Como resultados, observou-se que o grupo 1 teve mais facilidade de detecção de calcificações na pasta V3 em comparação à pasta V4 (p=0,006), enquanto o grupo 2 detectou mais alterações na pasta V1 em comparação com todas as outras (p=0,000). É importante considerar diferentes modificações na imagem ao avaliar RPs para detectar calcificações em tecidos moles, ainda, a experiência do cirurgião-dentista pode influenciar na escolha das melhores configurações de níveis de brilho e de contraste para fins diagnósticos.
The aim of this study was to assess how changes in the adjustment of brightness and contrast settings affect the detection of calcifications in the soft tissues of the head and neck region on panoramic radiographs (PRs), taking into account the experience of Dental Radiology and Imaging professionals. A total of 2,661 RPs were evaluated, of which 53, whose images suggested the presence of different types of soft tissue calcifications, were selected and placed in different files (folders) with different changes in the brightness and contrast, including (V1) -30% brightness and +30% contrast; (V2) -15% brightness and -15% contrast; (V3) original image; (V4) +15% brightness and -15% contrast. Thus, a total of 212 images were obtained. Six volunteer dentists evaluated the radiographs, looking for suggestive images of soft tissue calcifications, divided into two groups: (1) evaluators with one to five years of experience and (2) evaluators with over five years of experience in the field. As a result, group 1 found it easier to detect calcifications in the V3 folder compared to the V4 folder (p=0.006), while group 2 detected more alterations in the V1 folder compared to all others (p=0.000). It is important to consider different image modifications when assessing PRs to detect soft tissue calcifications, and the dentist's experience can influence the choice of the best brightness and contrast level settings for diagnostic purposes.