Em condições normais, inúmeras espécies de bactérias estão presentes no intestino. A complexa composição da microbiota intestinal é relativamente estável em indivÃduos saudáveis, sendo que o desequilÃbrio dessa microbiota pode resultar na proliferação de patógenos, com consequente infecção bacteriana. O consumo de microrganismos probióticos pode auxiliar na manutenção do perfil microbiano favorável e resultar em benefÃcios terapêuticos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a microbiota fecal de indivÃduos antes e após o consumo de iogurte probiótico. Para isso, 21 indivÃduos foram aleatoriamente divididos em 2 grupos. Os voluntários seguiram a dieta habitual durante 15 dias, seguida por perÃodo de 30 dias de ingestão dos iogurtes. Um grupo consumiu diariamente, durante 4 semanas, 100 mL de iogurte probiótico e o outro, 100 mL de iogurte sem adição da cultura probiótica. Ao final de cada um dos dois perÃodos de experimentação os indivÃduos coletaram suas fezes em recipientes esterilizados para análises. Foram avaliados os seguintes microrganismos: aeróbios e anaeróbios totais, Enterococcus sp., Lactobacillus sp., Bifidobacterium sp., enterobactérias e Bacteroides sp. Os resultados obtidos para os dois grupos, nos diferentes perÃodos foram comparados utilizando-se teste não paramétrico de Wilcoxon. O consumo do iogurte probiótico foi eficiente na modulação da microbiota intestinal dos voluntários. As populações de Bifidobacterium e Lactobacillus aumentaram nas fezes dos indivÃduos após a ingestão do iogurte contendo probióticos. Em relação à s bactérias potencialmente patogênicas, a população de Bacteroides aumentou para o grupo probiótico, durante o tempo.