O mosquito A. aegypti é o principal vetor urbano dos arbovírus da Febre amarela, Dengue, Zika e Chikungunya. Recentemente estudos têm revelado a suscetibilidade de larvas e adultos desse vetor à infecção por fungo entomopatógeno M. anisopliae. Esse trabalho teve como objetivo verificar se esse fungo tem influência no comportamento alimentar e fecundidade e sobrevivência de fêmeas de A. aegypti com 48, 72 e 96h de infecção. O fungo foi aplicado diretamente sobre as fêmeas na concentração 1x107 conídios/ml (para tratadas) e tween 0,05% para os grupos controle. Foram utilizadas 120 fêmeas distribuídas em três repetições para o teste de preferência alimentar por sangue, e dessas, dez totalmente egurgitadas de cada repetição foram separadas para análise de fecundidade e viabilidade dos ovos. Foi observado que o fungo não interferiu na sobrevivência de fêmeas com 48 e 96h de infecção. Foi registrado uma diminuição na preferência alimentar por sangue em fêmeas infectadas, principalmente no grupo com 72h de infecção, e fêmeas com 72h de infecção ovipositaram 63,1% menos ovos que o controle, mostrando o potencial desse microrganismo no controle da população de mosquitos.
The mosquito A. aegypti is the main urban vector of the arboviruses of yellow fever, Dengue, Zika end Chikungunya. Recently studies have revealed the susceptibility of larvae and adults of this vector to entomopathogenic fungus infection, M. anisopliae. The objective of this work was to verify if this fungus has influence on the feeding behavior and fecundity and survival of A. aegypti females with 48, 72 and 96 hours of infection. The fungus was applied directly to the females at the concentration 1x107 conidia / ml for treated and 0.05% tween for the control groups. We used 120 females distributed in three replicates for the blood feeding preference test, and of these, ten fully exegarited from each replicate were separated for analysis of egg fertility and viability. It was observed that the fungus did not interfere in the survival of females with 48 and 96 hours of infection. There was a decrease in blood feeding preference in infected females, especially in the group with 72 hours of infection, and females with 72 hours of infection oviposited 63.1% less eggs than the control, showing the potential of this microorganism in the control of the mosquito population.