O objetivo deste trabalho é refletir sobre a importação do modelo ambiental americano preservacionista pelo Brasil e suas consequências para as comunidades tradicionais. Apresentamos a teoria preservacionista que se origina a partir da expansão da indústria e consequente transformação das paisagens naturais e a contrapondo ao
paradigma socioambientalista a partir de dois casos concretos. O modelo socioambientalista compreende que em paÃses com problemas sociais como o Brasil, separar o homem da natureza pode gerar injustiças sociais. Apoiamo-nos na teoria da pesquisadora Juliana Santilli sobre esta corrente ambientalista e apresentamos dois casos concretos de problemas socioambientais ocasionados pela transformação de territórios tradicionais em áreas de conservação ecológica. Pudemos perceber neste estudo que o modelo preservacionista exógeno é incompatÃvel com a realidade socioambiental brasileira em virtude da vasta diversidade biológica e social existente no Brasil, pois gera fome, miséria, marginalização, violência para uma população historicamente desassistida pelo Estado e, portanto, desprovida de direitos humanos básicos como o acesso à saúde. Por outro lado a remoção de populações tradicionais de áreas mantidas preservadas por eles facilita a ação de mineradoras e madeireiras que
acabam degradando o ambiente por falta de estrutura estatal que não garante uma fiscalização eficaz dos parques ambientais.
The aim of this paper is to discuss the import of American environmental preservationist model by Brazil and its consequences for traditional communities. Here is the preservationist theory that originates from the expansion of industry and the consequent transformation of natural landscapes and contrasting the socioenvironmentalist paradigm from two specific cases. The model comprises socioenvironmentalist that in countries with social problems such as Brazil, separating man from nature can generate social injustices. We rely on the theory of researcher Juliana Santilli on this current environmentalist and present two concrete cases of social and environmental problems caused by the transformation of traditional territories in areas of ecological conservation. We noticed in this study that exogenous preservationist model is incompatible with Brazilian environmental reality by virtue of the vast social and biological diversity existing in Brazil, because it generates hunger, poverty, marginalization, violence to a population historically underserved by the state and therefore devoid of basic human rights such as access to health care. On the other hand the removal of traditional populations of areas held by them preserved facilitates the action of mining and logging companies that end up degrading the environment due to lack of state structure that does not guarantee an effective environmental monitoring of parks.