Influências da Guerra Fria no discurso nacionalista argentino. O retrato dos conflictos internacionais no Semanário Nacionalista Azul y Blanco

Opsis

Endereço:
AV. DR. LAMARTINE PINTO DE AVELAR 1120 Caixa Postal: 536
Catalão / GO
75704120
Site: http://www.revistas.ufg.br/index.php/opsis
Telefone: (64) 3441-5309
ISSN: 15193276
Editor Chefe: Teresinha Maria Duarte
Início Publicação: 30/04/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Influências da Guerra Fria no discurso nacionalista argentino. O retrato dos conflictos internacionais no Semanário Nacionalista Azul y Blanco

Ano: 2014 | Volume: 14 | Número: Especial
Autores: M. V. Galvan
Autor Correspondente: M. V. Galvan | [email protected]

Palavras-chave: Nacionalismo; guerra fria; discurso; correspondentes; noticeabilidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As notícias sobre as guerras internacionais desencadeadas no marco da Guerra Fria têm sido utilizadas pela discursividade nacionalista em pós do seu programa político próprio, mais vinculado ao contexto local do que ao internacional. O semanário político dos anos cinqüenta e sessenta, Azul y Blanco, virou testemunha disso. Este, embora tenha-se concentrado principalmente na política nacional, deixou filtrar em suas páginas notícias internacionais que expunham as problemáticas mais importantes da Guerra Fria nesses anos, desde uma óptica nacionalista que ia mais longe das identidades nacionais para construir um “nós” geograficamente mais amplo. Assim, apesar da maior relevância da Revolução Cubana nas páginas da revista, a situação do bloco oriental europeu e a Guerra de Vietnã foram também importantes na secção internacional. Essas notícias eram escritas por correspondentes e editores argentinos e estrangeiros. Ambos argentinos e estrangeiros tiveram posicionamentos políticos e ideológicos que ficaram comprometidos com seus respectivos cenários locais. Assim, eles contribuíram especialmente para as transformações que atravessava o discurso nacionalista local. Nesse sentido, as redefinições ideológicas e políticas do nacionalismo argentino desses anhos nutriram-se também de aqueles olhares.



Resumo Inglês:

Cold war related international conflicts were used by the nationalist
discourse in order to make a contribution to their own political agenda, whose
interests were closer to the local context, rather than to the international one.
The nationalist weekly of the fifties and sixties, Azul y Blanco, was a witness to
this process. Notwithstanding its main preoccupation was centred in Argentinean
politics, the weekly also let through news of Cold war conflicts in its pages.
These chronicles depicted Cold war main set of problems from a nationalist
perspective that intended to go beyond national frontiers in order to build a
broader identity. Thus, even when the Cuban Revolution was clearly the most
relevant Cold war conflict in its pages, the situation in Eastern Europe or the
Vietnam War had their own importance in the international column of Azul y
Blanco. Argentinean as well as foreign editors and correspondents wrote these
chronicles. Both of them had different political and ideological positions, strongly
influenced by their own national contexts. From these perspectives, they
made their own specific contribution to the changes that the local nationalist
discourse underwent during those years.



Resumo Espanhol:

Las noticias acerca de los conflictos internacionales desencadenados
por la Guerra Fría fueron utilizadas por la discursividad nacionalista en función
de un programa político propio que estaba más relacionado con el contexto
local que con el internacional. Testimonio de esto son las páginas del semanario
político de los años cincuenta y sesenta, Azul y Blanco. Éste, a pesar de haberse
concentrado principalmente en la política nacional, dejó colar en sus columnas
notas internacionales que exponían las principales problemáticas de la Guerra
Fría en estos años desde una óptica nacionalista que buscaba trascender las fronteras
de las identidades nacionales para construir un “nosotros” geográficamente
más amplio. Así, si bien los avatares de la Revolución Cubana fueron los que
más espacio y tiempo concitaron en las páginas de la revista, la situación del
bloque del este europeo y la guerra de Vietnam también fueron destacadas en
la sección internacional. Las notas relativas a estos conflictos eran escritas tanto
por corresponsales y editores argentinos como por corresponsales extranjeros
que desde posturas políticas e ideológicas fuertemente comprometidas con sus
respectivos escenarios nacionales realizaban su aporte específico a los cambios
que estaba atravesando el discurso nacionalista local. En este sentido, las redefiniciones
ideológicas y políticas que el nacionalismo argentino atravesó en estos
años se nutrieron también de estas miradas.