Objetivo: analisar o efeito de uma intervenção educativa para equipe de enfermagem na terapia nutricional enteral. Métodos: trata-se de estudo quase-experimental, pré e pós-teste, sem grupo controle, realizado com 260 enfermeiros e técnicos de enfermagem de um hospital público de ensino. A interven-ção consistiu em três ciclos de treinamento em formato de mesas redondas, realizados ao longo de 57 semanas, abordando temas recorrentes sobre a terapia nutricional enteral. O efeito da intervenção foi analisado por meio de modelos de regres-são linear mistos. Resultados: observou-se redução significativa (p<0,050) nos déficits de volume calórico e proteico nas enfermarias a partir do quinto dia de terapia, após o primeiro e o segundo ciclos da intervenção. Verificou-se, também, aumento nas taxas de adequação nutricional tanto na unidade de terapia intensiva quanto nas enfermarias, contudo, sem alcançar significância estatística. Conclusão: a implementação da intervenção educativa demonstrou ser uma estratégia eficaz para a melhoria da qualidade da terapia nutricional enteral administrada a pacientes internados em enfermarias, contribuindo para aumentar sua eficiência e a sua eficácia. Contribuições para a prática: este estudo destaca-se pelo pioneiris-mo na implementação e avaliação do impacto de treinamentos com a equipe de enfermagem focados na redução dos déficitscalórico-proteicos em terapia nutricional enteral.
Objective: to analyze the effect of an educational intervention for nursing staff on enteral nutritional therapy. Methods: an interventional study was conducted using a pre-post, non-randomized design with no control group. The intervention targeted 260 nursing staff members (nurses and nursing technicians) at a public hospital. Over a 57-week period, three training cycles were delivered, featuring round table discussions on standardized subjects related to enteral nutrition. The effectiveness of the training was assessed using mixed linear regression models. Results: following the first and second training cycles, deficits in volume, calories, and protein were significantly reduced (p<0.05) in the hospital wards, starting from the fifth day of enteral nutritional therapy. While the percentages of nutritional adequacy increased in both the intensive care unit and the general wards, this trend did not reach statistical significance. Conclusion: implementing an educational intervention contributes to a measurable improvement in the quality of enteral nutritional therapy provided to patients. This constitutes a viable strategy for enhancing the overall efficiency and clinical effectiveness of this therapy. Contributions to practice: this study provides pioneering evidence on the implementation and impact of nursing-focused training on the mitigation of caloric and protein deficits associated with enteral nutritional therapy.
