Ingestão de oleaginosas e saúde humana: uma abordagem científica

Revista Brasileira De Nutrição Funcional

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Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Nutrição

Ingestão de oleaginosas e saúde humana: uma abordagem científica

Ano: 2013 | Volume: 22 | Número: 57
Autores: R. Duarte, V. S. Macido, F. Fonseca, A. P. B. Moreira, N. M. B. Costa
Autor Correspondente: R. Duarte, V. S. Macido, F. Fonseca, A. P. B. Moreira, N. M. B. Costa | [email protected]

Palavras-chave: oleaginosas, dislipidemia, colesterol, glicemia, insulinemia, inflamação, peso corporal

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Dentre as estratégias nutricionais para prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis inclui-se
aumentar a ingestão de ácidos graxos insaturados, antioxidantes e outros compostos bioativos, além de reduzir a
ingestão de gordura saturada. Evidências apontam que as oleaginosas trazem benefícios à saúde por minimizar o
risco de desenvolvimento de doenças ateroscleróticas, hipertensão, diabetes, câncer, hipercolesterolemia e síndrome
metabólica. Assim, o objetivo desta revisão é apresentar resultados de estudos que incluam em seus protocolos ingestão
de amêndoa, amendoim, avelã, macadâmia e pistache. Ensaios clínicos indicam que as oleaginosas possuem efeito
protetor ao incremento ponderal mesmo quando há aumento da ingestão energética. Apesar de serem escassos os estudos
que avaliam a digestibilidade e biodisponibilidade dos ácidos graxos presentes nas oleaginosas, pode-se verificar que
parte das calorias que estas fornecem é eliminada nas fezes. Ademais, como poucos estudos avaliam o metabolismo
energético, não há como concluir se estes também constituem mecanismos pelos quais as oleaginosas exercem seus
efeitos metabólicos. Resultados sugerem que as amêndoas e o amendoim podem elevar o gasto energético de repouso. As
oleaginosas apresentam efeitos favoráveis à redução do colesterol total, LDL-c, triglicerídeos e dos índices aterogênicos,
além de elevar a concentração de HDL-c. Em relação a pressão arterial, glicemia e insulinemia, parece que as oleaginosas
não produzem grandes impactos, tampouco parece haver grandes efeitos sobre o processo inflamatório subclínico. Por
outro lado, os efeitos destas sobre os marcadores oxidativos são amplos. A influência da ingestão de oleaginosas sobre
marcadores inflamatórios e oxidativos, hormônios relacionados ao balanço energético e da homeostase glicêmica devem
ser investigados em estudos futuros.



Resumo Inglês:

Nutritional strategies for preventing and treating chronic diseases include the increment in dietary intake of
unsaturated fatty acids, antioxidants and bioactive components as well as the reduction on intake of saturated fatty
acids. Scientific evidences suggest that nuts intake improves health status by reducing the risk of atherosclerotic diseases,
hypertension, diabetes, cancer and metabolic syndrome development. Thus, this review aims at presenting studies which
included nuts intake, such as macadamia, pistachio, peanut, hazelnut, and almonds. Clinical Trials’ results suggest that
nuts prevent weight gain even when caloric intake increases. Although the lack of studies which evaluate the bioavailability
and digestibility of nuts fatty acids, it is noteworthy that part of their calories is eliminated in the feces. Moreover, few
studies have evaluated the nuts effects on energy metabolism, thus it is not possible to conclude if energy metabolism is
one of the mechanisms by which nuts exert their beneficial effects. However, studies suggest that almonds and peanuts
can increase the resting energy expenditure. Nuts can improve blood lipids profile by reducing total cholesterol, LDL-c,
triglycerides and atherogenic index, as well as increasing HDL-c concentration. On the other hand, nuts intake does
not seem to play an important role on the regulation of blood pressure, glycemia and insulinemia. Besides, they have
little effect on inflammatory process. Yet, nuts intake seems to have great effects on oxidative biomarkers. Therefore,
more studies are needed to verify the influence of nuts on inflammatory and oxidative biomarkers, hormones related to
energy balance and glucose homeostasis.