De 1946 a 1958, os Estados Unidos realizaram 67 testes nucleares nas Ilhas Marshall. Os testes contaminaram a terra, exigiram que os marshalleses se deslocassem para áreas mais seguras e ocasionou problemas de saúde e da sua cosmovisão local. No final do século XX, esses elementos foram novamente ameaçados devido à mudança climática. O artigo por meio do método de investigação do thick signifier approach demonstrará que as mudanças climáticas podem ser enquadradas como um risco para a segurança ontológica dos ilhéus. Para buscar indícios da (in)segurança ontológica serão analisadas as manifestações culturais marshallesas. Será demonstrado como os marshalleses estão buscando se adaptar e preservar sua segurança ontológica em Springdale, Arkansas. Entende-se que o investimento pelos EUA na criação de centros multiculturais para preservar a cultura marshallesa e a concessão de oportunidades de crescimento profissional para essa comunidade pode contribui para melhorar a sua inserção na sociedade norte-americana e ajudar na preservação da sua segurança ontológica. Já em relação às Ilhas Marshall, seria importante que os EUA contribuíssem para levantar as ilhas artificialmente, para a construção dos muros e para a diminuição dos efeitos das mudanças climáticas por meio de uma atuação mais ativa.
From 1946 to 1958, the United States carried out 67 nuclear tests in the Marshall Islands. The article presents the consequences of nuclear tests on islanders'health, their matrilineal organization and their local cosmovision; demonstrates that climate change can be framed as a risk for the physical survival of States, individuals, ecosystems and for the ontological security of the Marshallian population; and explains how the Marshallese are adapting to a new reality in Springdale and, at the same time, preserving their ontological security through events, religious services and clubs in schools that promote their traditions, their belief systems and their identities. It understands that investments by the United States in the creation of multicultural centers to preserve the Marshallese culture and the granting of opportunities for professional growth for this community can contribute to improve their insertion in American society and help preserve their ontological security. In relation to the Marshall Islands, it recommends that the United States contribute by raising the islands artificially, building walls and reducing the effects of climate change through more active action.