Neste texto, centramos nossa reflexão na emergência do termo inclusão, buscando entendê-lo como um processo social, econômico, histórico e cultural produzido pela modernidade. Ao abordar o termo inclusão é necessário articula-lo a outro termo que ganhou espaço e destaque - diferença. Na tentativa de discutir sobre esses termos, procuramos, neste breve ensaio, envolver alguns aspectos sobre as tentativas de institucionalizar a diferença e suas práticas de governamento na sociedade moderna. Para tratar os conceitos em questão, faço uma conexão teórica com Michel Foucault, por considerá-lo como uma das referências principais, pois, através de suas reflexões sobre a sociedade moderna e suas instituições, abriu-se a possibilidade de um olhar crítico sobre os sujeitos construídos por tais instituições e sociedade. As noções de biopolítica e normalização nos ajudam a trazer tais questionamentos sobre a construção do sujeito social. Em síntese, o caminho para os estudos sobre o tema em questão pressupõe um aprofundamento nos meandros que regulam as políticas inclusivas na educação e as práticas de governo que vêm engendrando discursivamente esses saberes e fazeres.