O artigo discute o conceito de institucionalização que sustenta a avaliação do sistema partidário brasileiro como incipiente, confrontando-o com outras perspectivas. Os requisitos referentes à s relações dos partidos com suas bases sociais são questionados como elementos do conceito de institucionalização, com base em argumentos relativos à transformação pela qual os partidos passaram no mundo todo com relação à s suas funções originárias. Adotando o critério da persistência dos partidos no tempo e descrevendo a trajetória eleitoral dos partidos brasileiros de 1982 a 2006 em eleições nacionais, propõe-se que a estabilidade dos atuais partidos polÃticos brasileiros justifica a rejeição do diagnóstico de sistema partidário não institucionalizado.
The article reviews the concept of institutionalization that supports the evaluation of Brazilian party system as an inchoate one. The conceptual requirements concerning relations between parties and its social bases are challenged with arguments relating to the worldwide change process about party original functions. Taking the parties’ persistence criteria, it analyses the Brazilian party electoral trajectory from 1982 to 2006 in national elections and argues that the stability of the current Brazilian political parties justifies reject the “not institutionalized†evaluation.