A maior dificuldade de “formar” nas disciplinas artísticas e, portanto, no Teatro
de Sombras, consiste em encontrar um equilíbrio entre instrução e educação, entre saber, saber fazer e saber ser. Uma pedagogia do Teatro de Sombras também deve conter e integrar os aspectos marcadamente técnicos no interior de um quadro de referência mais amplo.
O indivíduo em formação deve ter tanto uma experiência “cultural” quanto “existencial” dessa linguagem. Deve descobrir sua dimensão “ontológica” e compreender suas eventuais afinidades “autobiográficas”. Pois formar-se quer dizer investir tudo de si mesmo e, juntamente com a capacidade de refletir, pôr em jogo também as emoções e os sentimentos.
Para formar, portanto, é também preciso demonstrar viver o que se transmite com paixão e envolvimento. Pois ensinando podemos nos tornar importantes modelos de identificação.