O estudo objetiva investigar a relação entre o grau de intangibilidade, definido com base nas informações contábeis, e o grau de inovação em empresas inovadoras no Brasil, medido pelo Ãndice Brasil de Inovação (IBI), procurando descobrir os efeitos do reconhecimento do ativo intangÃvel no patrimônio dessas empresas. Trata-se de pesquisa descritiva, de natureza qualitativa, realizada por meio de análise documental. Os dados secundários das empresas – demonstrações financeiras padronizadas (DFP) e as informações necessárias para o cálculo do valor de mercado (quantidade de ações multiplicada pelo valor de cada ação) dos anos 2007, 2008 e 2009 – foram levantados no portal eletrônico da BM&F Bovespa, possibilitando a mensuração do Ãndice de investimentos em ativos intangÃveis (IIAI) e do grau de intangibilidade (GI). Os resultados revelam que (i) os intangÃveis goodwill, software, marcas e patentes, em termos de frequência, e os intangÃveis goodwill, concessões, software e P&D de produto, em termos de representatividade, são os mais significativos das empresas pesquisadas; (ii) as empresas de setores mais inovadores apresentam os maiores IIAIs, evidenciando que canalizaram mais investimentos para os intangÃveis se comparados à s empresas dos grupos setoriais menos inovadores; (iii) em 2009, o valor médio de mercado das empresas inovadoras supera o dobro do valor do seu capital próprio, sendo a diferença atribuÃda aos seus intangÃveis; e (iv) com base na análise do ranking das dez empresas de maiores GIs e das dez de menores GIs não se pode identificar qualquer relação entre o GI e o grau de inovação nas empresas pesquisadas.