Neste artigo, analisamos o conto “Cais-do-Sodré”, da escritora caboverdiana Orlanda Amarílis. Tal análise centra-se na construção da protagonista da história, Andresa, com o objetivo de demonstrar que ela é um ser de fronteira, que permanece enredada entre dois polos – a problemática integração à nova pátria e o exílio e a solidão – numa situação que se perpetua e para a qual não há nenhuma solução possível, evento que propicia a nostalgia como forma de amenizar a situação conflituosa na qual vive.