O artigo analisa o papel de um certo tipo de associações para a integração nacional em Guiné-Bissau que se tornou independente de Portugal em 1973/74. Nesse paÃs da Ãfrica Ocidental as ditas manjuandadis representam uma forma de integração ‘de baixo’. Enquanto que produzam solidariedade e sociabilidade entre os seus membros – apesar da afiliação étnica – elas contribuem hoje em dia – semelhante à lÃngua franca Kriol ou à luta anticolonial como fatores integracionistas – para a construção da Nação ‘por baixo’, pela ‘população normal’. Esse artigo vai mostrar que as manjuandadis e o papel delas transformavam-se bastante durante as últimas décadas. Os impactos de longo prazo das manjuandadis provêm do Estado monopartidário na primeira década após a independência, quer dizer que o Estado pós-colonial também contribui para a construção da Nação. A partir dos anos noventa, após uma liberalização econômica e polÃtica, as manjuandadis tinham de desenvolver novas estratégias para poder responder a novos desafios sociais.
This paper analyses the role of a certain kind of associations for
national integration in Guinea-Bissau which became independent
from Portugal in 1973/74. In this West African country, so-called
manjuandadis represent a form of integration ‘from below’. While
they produce solidarity and sociability among their members –
regardless ethnic belonging – they nowadays contribute – as well
as the national language Kriol or the anti-colonial struggle as
integrationist factors – to a nation-building ‘from below’, i.e. by
the ‘normal population’. This paper intends to show that the
manjuandadis and their role have changed a lot in the last decades.
The long-term impacts of the manjuandadis stem from the oneparty-state
in the first decade following independence, i.e. the
postcolonial state facilitated the process of nation-building. Since
the 1990s, following economic and political liberalization, the
manjuandadis had to develop new strategies in order to cope with
new societal challenges.