No contexto da saúde mental, a integralidade ganhou destaque a partir do Movimento da Reforma Psiquiátrica, no qual o portador de sofrimento mental ganhou uma nova perspectiva, surgindo, assim, um novo modelo de assistência. Objetivouse refletir sobre a efetividade da integralidade na formação médica a partir da assistência oferecida no ambulatório de saúde mental. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. A amostra foi composta por 5 residentes em psiquiatria. O local de estudo foi o Centro Médico da Faculdade de Medicina Nova Esperança – FAMENE, que funciona como ambulatório em saúde mental. Como critério de inclusão foi ser residente em psiquiatria e aceitar participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Como instrumento de pesquisa foi utilizado um roteiro de entrevista estruturado, com perguntas abertas e fechadas que tratam do tema abordado. Para a análise dos dados, foi utilizada a análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Na primeira subcategoria, conceito, estão indicadas as falas dos participantes, comprovando que o termo enriquece a prática médica e ressalta a necessidade de ser aplicada por todos os médicos no intuito de tratar o paciente de forma holística. Na segunda subcategoria, importância, fica claro que é unânime a opinião dos residentes acerca da essencialidade desse fator, visto que é primordial para excluir patologias orgânicas e proporcionar ao paciente diagnóstico e tratamentos assertivos. Na terceira subcategoria, multidisciplinaridade, demonstra-se a necessidade de estreitar a relação entre médicos em suas devidas especialidades, como também com outros profissionais da área de saúde, ressaltando a importância do psicólogo e do pedagogo. Assim, é possível concluir que a efetividade da integralidade na formação médica, a partir da assistência oferecida no ambulatório de saúde mental tem como pressuposto basilar o papel dos profissionais de saúde como agentes de mudança, no contexto de atenção aos usuários...
In the context of mental health, comprehensiveness gained prominence from the Psychiatric Reform Movement, in which the sufferer of mental suffering gained a new perspective, thus emerging a new model of care. The objective was to reflect on the effectiveness of comprehensiveness in medical education from the assistance offered at the mental health outpatient clinic. It is a descriptive research with qualitative approach. The sample consisted of 5 residents in psychiatry. The place of study was the Medical Center of the New Hope School of Medicine - FAMENE, which works as an outpatient clinic in mental health. As inclusion criterion was to be resident in psychiatry and agree to participate in the research, signing the Informed Consent. As a research instrument, a structured interview script was used, with open and closed questions that deal with the topic addressed. For data analysis, Laurence Bardin's Content analysis was used. In the first subcategory, concept, the participants' statements are indicated, proving that the term enriches the medical practice and emphasizes the need to be applied by all physicians in order to treat the patient holistically. In the second subcategory, importance, it is clear that the opinion of residents about the essentiality of this factor is unanimous, since it is essential to exclude organic pathologies and to provide the patient with diagnosis and assertive treatments. The third subcategory, multidisciplinarity, demonstrates the need to strengthen the relationship between physicians in their proper specialties, as well as with other health professionals, emphasizing the importance of psychologists and educators. Thus, it is possible to conclude that the effectiveness of comprehensiveness in medical education, based on the assistance offered at the mental health outpatient clinic, presupposes basing the role of health professionals as agents of change, in the context of attention to users ...