O presente trabalho tem por objetivo conceituar a Inteligência Artificial (IA) como um progresso técnico disruptivo, no sentido de ser capaz de gerar desequilíbrios compatíveis com o processo de destruição criadora proposto por Schumpeter (1961). Sob uma análise pautada nos princípios da Microeconomia, pretende-se criar um argumento capaz de elucidar o papel das novas tecnologias de alta capacidade cognitiva e adaptativa no desenvolvimento dos mercados, sob uma ótica evolucionária que compreende as relações causais que estruturaram as revoluções tecnológicas dos últimos séculos. Para tanto, exploraremos o conceito de inovação e mudança estrutural contido na literatura, além de estabelecer as tendências tecnológicas contemporâneas, a fim de apresentar a inteligência artificial como um impacto disruptivo na estrutura oligopolística mundial.