A proposta deste artigo objetiva compreender a missão da igreja vivida na interação entre fé e política. Fé expressa a adesão ao Evangelho do Reino da “vida em abundância” (Jo 10,10) na história humana; e política é entendida como serviço pelo bem comum na sociedade. A missão permite, e exige, interação dessas duas realidades, distintas, mas não antagônicas. A vulnerabilidade pela qual passa a humanidade nesses tempos de pandemia da COVID-19, clama das instituições sociais e religiosas, um agir conjunto para a superação dos graves problemas que daí emergem. A igreja é cooperadora na missão de Deus, contribuindo de forma efetiva nessa superação. Assim, a ação social é uma privilegiada expressão do Evangelho que gera vida e transforma tudo o que contradiz a vida. A missão no mundo atual confi gura um modo próprio de ser igreja e de ser cristão/ã, caracterizados/as pela “saída”, em diálogo e cooperadora com as iniciativas que visibilizam o Reino em nosso meio. Trata-se de fi delidade à ação do Espírito que recria no hoje da história a prática de Jesus, que se expressa também no agir político entendido como uma forma privilegiada do exercício da caridade.
The purpose of this article is to understand the mission of the church lived in the interaction between faith and politics. Faith expresses adherence to the Gospel of the Kingdom of “life in abundance” (Jn 10:10) in human history; and politics is understood as a service for the common good in society. The mission allows, and requires, the interaction of these two realities, which are distinct, but not antagonistic. The vulnerability that humanity is going through in these COVID-19 pandemic times, calls for social and religious institutions to act together to overcome the serious problems that emerge from it. The church is cooperative in the mission of God, contributing effectively to this overcoming. Thus, social action is a privileged expression of the Gospel that generates life and transforms everything that contradicts life. The mission in the current world is a way of being a church and of being a Christian, characterized by the “way out”, in dialogue and cooperating with the initiatives that make the Kingdom visible in our midst. It is fi delity to the action of the Spirit that recreates the practice of Jesus in the history of today, which is also expressed in political action understood as a privileged form of the exercise of charity.