O artigo trata de um estudo sobre a interação de crianças de 1 a 3 anos, em uma escola estadual mineira, especializada na educação de deficientes visuais. Utilizou-se a abordagem qualitativa, optando pela inspiração etnográfica e captando as interações por intermédio de observação participante, filmagens, fotografias e registros no caderno de campo. Conforme Gobbi, utilizou-se o termo crianças pequenininhas para aquelas até três anos, considerando, como a Sociologia da Infância, a criança como ator social e participante. Conforme Woods, considerou-se interação social como processo, no qual as pessoas definem, atribuem significados, alinham e realinham suas ações, para satisfazer seus interesses, comparando-os, ajustando-os e delineando estratégias. Ao final do estudo, observou-se uma oscilação entre a presença ou não da interação entre as crianças. Concluiu-se que, desde tenra idade, as crianças deficientes visuais muito novas são capazes de agir e reagir em direção ao outro, de se colocarem disponÃveis para uma interação.